ABTLP acredita em maior segurança com a nova política de concessões

A entidade acredita que os novos contratos devem considerar barreiras e caixas de contenção para possíveis vazamentos e redução de impactos às pessoas e ao meio ambiente

ABTLP

Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP), Sergio Sukadolnick, “a nova política de concessões deve gerar maior segurança no transporte de produtos perigosos, eliminando sinistros fatais e de alta gravidade”.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, divulgou, no Fórum de Desempenho de 2023, que somados os valores definidos para o orçamento deste ano e na Emenda Constitucional do Bolsa Família, ficaram assegurados R$18,8 bilhões a serem aplicados na logística nacional de transportes. Deste valor, R$ 1,7 bilhão foi destinado à retomada e à intensificação de obras a fim de preparar rodovias para o período de chuvas e de diminuir o número de acidentes graves em todo o país.

“A ABTLP espera que na construção das rodovias sejam exigidas alças de acesso com maior raio de manobra e alongamento na entrada e na saída para aceleração e desaceleração compatíveis com esses equipamentos. A maior causa de sinistros fatais são ultrapassagens em rodovias de pista simples com duplo sentido de direção. Embora o custo de construção de rodovias de pista dupla seja superior, elas devem ser priorizadas”, enfatiza a entidade em nota.

Equipamentos especiais e segurança viária

De acordo com a ABTLP, uma rodovia deve considerar os novos equipamentos com volumes e peso superiores aos que são utilizados. “A maioria dos veículos de carga anteriores (mais de 30 anos) possuía cinco eixos e 40 toneladas de peso bruto total carregado. Hoje são veículos de nove eixos e 74 toneladas de peso total bruto combinado (PBTC). As novas concessões devem considerar barreiras e caixas de contenção para possíveis vazamentos e redução de impactos às pessoas e ao meio ambiente, evitando por exemplo que o produto chegue a ponto de captação de água potável”, completa Sukadolnick.

A entidade ressalta que as preocupações com a infraestrutura rodoviária devem acompanhar as novas exigências e ações de prevenção contra possíveis acidentes. Além disso, defendem que as rodovias mais antigas devam passar por um processo de modernização, incorporando medidas que diminuam os sinistros e analisando não apenas o custo de construção.

A nova política de concessões foi lançada em junho no Brasil Road Invest 2023 e prevê contratos mais modernos e com novos mecanismos regulatórios e tecnológicos que prometem acelerar o desenvolvimento logístico do país.

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