Petroleiros prometem manter a greve e recorrer de decisão do TST

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta terça-feira que manterá a greve dos petroleros. Além disso, a entidade afirmou que irá recorrer da decisão do ministro

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta terça-feira que manterá a greve dos petroleros. Além disso, a entidade afirmou que irá recorrer da decisão do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O ministro do TST considerou a greve dos petroleiros ‘ilegal’, atendendo a pedido da Petrobras. Dessa forma, ele autorizou que a estatal tome “medidas administrativas cabíveis”, como corte de salários, sanções disciplinares e demissão por justa causa.

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A decisão afirma que a greve não pode permanecer nos moldes que está. No entanto, não proíbe paralisações – o STF e o TST tinham autorizado o movimento com 90% trabalhando. Segundo a Petrobras, a decisão impede qualquer movimento. Entretanto, juristas entendem que o direito é constitucional e que a decisão não proibiu. O julgamento definitivo da questão no TST está marcado para 9 de março.

Na decisão, o órgão disse ainda que a paralisação tem motivação política, desrespeita a lei de greve e as ordens judiciais para manter um percentual mínimo de trabalhadores em atividade.

O que diz a FUP

Em nota, a FUP reafirmou que a greve entra nesta terça-feira em seu 18º dia, informando que orientou “que os petroleiros mantenham a greve e sigam as recomendações dos sindicatos em relação às tentativas de intimidação e assédio dos gestores da Petrobras”.

“Na greve de novembro do ano passado, quando o ministro Ives Gandra decidiu isoladamente definir como ilegal a greve dos petroleiros, ele foi derrotado por seus pares na Seção de Dissídio Coletivo (SDC) do TST”, lembrou a federação.

“O mínimo que se esperava era que o ministro Ives Gandra respeitasse a decisão anterior de seus pares na SDC, o que não ocorreu”, disse o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, criticando a decisão “monocrática” que sobre a ilegalidade da greve.

Segundo a FUP, o protesto já atinge 120 unidades e tem adesão de mais de 21 mil trabalhadores. “Qualquer decisão sobre a greve será deliberada coletivamente em assembleias, previamente convocadas pela FUP e seus sindicatos”, acrescentou.

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