Phinia aposta em hidrogênio e combustão para se destacar no aftermarket

Phinia aposta fichas no hidrogênio para veículos comerciais médios e pesados para o futuro, bem como reforça a manutenção do mercado de combustão

Por Gustavo Queiroz

- abril 22, 2025

Amaury Oliveira, VP de Aftermarket da Phinia para a América do Sul, destaca o papel estratégico do Brasil na expansão de tecnologias limpas e no mercado de reposição global

Em um momento marcado por transformações e oportunidades no mercado de mobilidade, a capacidade de inovação se mostra como fator estratégico para impulsionar os negócios. Com mais de 40.000 SKUs (“Unidade de Manutenção de Estoque” no português) disponíveis (entre sistemas de injeção, freios, suspensão, direção, sensores de emissão e filtros de partículas, entre outros), a presença global da Phinia permite atender não apenas ao mercado brasileiro, mas também a demandas internacionais, fornecendo produtos e serviços – inclusive – para novas marcas automotivas e tendências emergentes.

A empresa se apresenta como first to market (a primeira a chegar ao mercado) em soluções para veículos híbridos e elétricos, com a ambição de alcançar 95% de cobertura nas linhas mais estratégicas. Confiante no potencial do mercado global de peças de reposição, a Phinia aproveita a Automec para anunciar um ambicioso plano de expansão de suas operações no segmento aftermarket, com destaque para o Brasil. A meta é elevar a representatividade do setor dentro do portfólio da companhia dos atuais 30% para 40% até 2030, consolidando as marcas Delphi e Delco como líderes de seus mercados.

Para alcançar esse objetivo, a empresa planeja investir na ampliação de seu portfólio, na modernização de processos produtivos e no fortalecimento da comunicação com o mercado. O Brasil, considerado um dos 10 maiores mercados automotivos do mundo, desempenha um papel central nessa estratégia. “O Brasil é essencial para o crescimento global da Phinia. Manter uma posição sólida aqui é fundamental para nossos planos de expansão. Por isso, o país será um dos principais focos de nossas iniciativas nos próximos anos“, afirma Amaury Oliveira, vice-presidente de aftermarket da Phinia para a América do Sul.

Segundo o executivo, a meta é alcançar 5 bilhões de dólares até 2030, ampliando a participação no mercado e dobrando o crescimento. Para isso, a colaboração com parceiros inovadores é essencial. Projetos personalizados estão em desenvolvimento, com foco em rentabilidade e soluções ainda mais eficientes para todos os envolvidos”, diz Oliveira.

Delphi Academy: plataforma digital da Phinia para capacitação em manutenção veicular, com cursos online, suporte técnico e atualização em tecnologias automotivas
Delphi Academy é a nova plataforma digital voltada para capacitação em manutenção veicular | Foto: Divulgação

Outra novidade revelada foi o lançamento da Delphi Academy, uma plataforma digital desenvolvida para capacitar profissionais do setor. A ferramenta oferece acesso a vídeos, infográficos, artigos e cursos sobre temas como manutenção preventiva, sistemas mecânicos e eletrônicos, entre outros. Disponível em versões gratuita e paga, o ambiente virtual também centraliza o calendário de treinamentos presenciais e online da marca, com opções de pagamento facilitadas e benefícios exclusivos para a rede de parceiros da marca.

A iniciativa complementa outras ações de capacitação da Phinia, como o Centro de Treinamento em Piracicaba (SP). “Queremos ir além da venda de componentes, oferecendo conhecimento e suporte que agreguem valor aos profissionais e impulsionem o mercado de reparação automotiva“, destacou Oliveira.

Futuro energético

No campo dos combustíveis, por exemplo, a companhia desenvolveu sistemas de injeção de alta pressão, ideais para veículos urbanos, sejam híbridos ou movidos a diesel. “Mas nada supera a densidade energética do hidrogênio, essencial para veículos comerciais e de médio porte. E o mercado concorda: fabricantes de motores ainda nos procuram pedindo soluções avançadas, como injeção a 3.000 bar. Isso é um sinal claro de que há um futuro promissor pela frente, não apenas para a fabricação, mas também para a pesquisa e o aftermarket”, analisa o vp da Phinia.

Para Oliveira, o futuro não será definido por uma única solução, como muitos pregam com os veículos elétricos. “Será uma combinação de tecnologias adaptadas a cada mercado. No Brasil, por exemplo, o etanol e o metanol são fundamentais, e já desenvolvemos sistemas para essas demandas”, destaca. “Na Europa, o hidrogênio ganha espaço, e nossos clientes já estão criando mercados para motores movidos a esse combustível limpo”, complementa.

Falando em hidrogênio, a vantagem dessa tecnologia está na sua eficiência: “reutilizamos 85% de um motor tradicional, adaptando apenas 15%, o que nos permite manter a cadeia de suprimentos, a qualidade e o conhecimento acumulado por anos. Isso prova que o problema não é o motor a combustão, mas o combustível que usamos. Se optarmos por fontes limpas e renováveis, podemos continuar evoluindo essa tecnologia de forma sustentável”, explica Oliveira.

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