Durante as comemorações dos seus 55 anos de vida, a Librelato deixou bem claro seu objetivo nos próximos anos: crescer, crescer e crescer. A ideia é atingir os 20% de marketshare até o ano de 2028 e se precisar, fazer mais aquisições durante o período.
José Carlos Spricigo, CEO da companhia, disse que o montante destinado será de 405 milhões até 2028. Sendo cerca de 30% disso destinado para desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. “Não dá pra crescer só com mão-de-obra. Temos que buscar automação, tecnologia e robótica”. Ele também não descartou a compra de novas empresas, como recentemente aconteceu com Ibero Group e Shall Master, agregadas ao hub de peças.
A Librelato aguarda faturar 3,4 bi de reais em 2024 (+10% em relação a 2023). Sendo 800 milhões vindos das empresas de autopeças
Nessa busca avançada por tecnologia, a companhia inaugurou seu Centro Técnico, em Criciúma, no último mês de março. Cada turma tem 24 alunos que têm 120 horas de estudo por curso. A meta é finalizar o ano de 2024 com 500 profissionais formados e atuando na produção de implementos.
Aposta no agro
Muito da boa expectativa de faturamento e crescimento de marketshare da Librelato neste ano vem pela situação do agro e a chamada “Crise do Silo Cheio”. Sílvio Campos, diretor comercial da Librelato, explicou da onde vem esse termo e porque deve-se esperar alta nas vendas de implementos no segundo semestre.
“O agricultor que tinha uma safra, segurou-a porque o preço do frete era baixo, então deixou o silo cheio. Acontece que agora, com a chegada da colheita do milho, ele vai ter que vender porque não tem onde estocar. Então, se tem grão pra transportar, implementos serão vendidos”. O executivo prevê que essa deve ser a 2ª melhor safra da história.
Por outro lado, Spricigo citou o setor de cana como desafiador. “Nossa localização, nesse caso, não ajuda. Pra levar lá pra Sertãozinho, Ribeirão Preto, saímos com 20, 25 mil reais atrás pra parte de custeio”.
A empresa quer alcançar a marca de 14,5 mil implementos vendidos até o final de 2024. Sendo a maior parte vindo do agro, seguido por carga fechada e tanques. Para os vizinhos sul-americanos, a empresa venderá 650 equipamentos, sendo Paraguai, Chile, Bolívia e Argentina os principais mercados.
Abaixo, Silvio Campos traça um panorama do mercado de implementos rodoviários em 2023/24.
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