Porto de Antonina realiza primeira navegação por cabotagem

Na operação, o produto transportado foi o trigo produzido no Paraná que teve como destino os moinhos do Ceará

Cabotagem
Da esquerda para a direita: Caroline Martins, Setor de Qualidade da COAMO, Marcia Cavalcante; Gerente Geral da COAMO Paranaguá, João Ivano Marson e o responsável pelo setor de qualidade do PPF, Giovanni Araujo.

O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, litoral do Paraná, concluiu, na última quarta-feira (08), a sua primeira navegação por cabotagem para a expedição do transporte de trigo. O cereal, produzido no Paraná e comercializado pela Coamo Agroindustrial Cooperativa, tem como destino os moinhos do Ceará. No total, foram embarcadas 15 mil toneladas do produto.

Segundo o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan, a operação abre espaço para o aumento na movimentação de grãos e cereais pelo terminal. “A navegação de cabotagem ainda é pouco explorada no Brasil, e é uma forma de movimentar as riquezas produzidas pelo agronegócio pelo transporte marítimo. Esta é uma ótima opção quando a distância entre a origem e o destino ultrapassa 1500 quilômetros”, explica Birkhan.

Navegação de cabotagem

Até o ano passado, a modalidade era realizada apenas por navios de bandeira brasileira. A Lei da Cabotagem derrubou esta exigência e liberou progressivamente o uso de navios estrangeiros no país. “As novas regras devem estimular a navegação na costa brasileira, elevando a oferta de embarcações e reduzindo os custos do setor”, destaca Birkhan.

Para realizar a operação, o Porto Ponta do Félix possui a liberação, emitida pelo governo federal, para operar mercadorias em tráfego de cabotagem. Neste ano, o porto prevê aumentar em 65% a movimentação de cargas. O terminal é multipropósito, com capacidade para movimentar e armazenar diferentes tipos de cargas, como fertilizantes, açúcar ensacado, sal, malte, trigo, pellet de madeira e alimentos.

Novos investimentos

Ao longo dos próximos meses, o Porto Ponta do Félix também contará com novos armazéns, que possibilitam o aumento de 85% da capacidade de armazenagem, passando de 280 mil toneladas para 520 mil toneladas, de forma gradativa.

Neste início de ano, o Porto também completou os investimentos em novas defensas marítimas, equipamentos que proporcionam mais segurança durante a atracação dos navios. As defensas servem para amortecer o impacto resultante do encontro entre um navio e a estrutura de atracação, reduzindo os riscos de avarias.

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