Demanda menor e estoques em alta prolongam recessos
As empresas já programam férias coletivas por causa da redução do ritmo da atividade econômica e da elevação nos estoques. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, revelou que 102 empresas de sua base informaram a intenção de interromper temporariamente a produção.
O número supera em 27,5% o de 2010, quando 80 empresas entraram em recesso. A duração das férias coletivas é outro indicativo da redução de demanda. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que concentra montadoras e autopeças, as paradas anteriores, em regra entre o Natal e o ano-novo, agora se estendem por 20 ou 30 dias.
Em São José dos Pinhais (PR), a fábrica de motores da Renault dará 20 dias de férias a partir de 12 de dezembro e a linha de automóveis será interrompida entre 26 de dezembro e 9 de janeiro. A unidade paranaense da Volkswagen também vai parar em razão de estoques em alta, segundo o sindicato local. Serão dez dias a partir de 15 de dezembro, de acordo com a entidade. A VW não confirma o recesso.
Segundo a reportagem do Estadão, a Ford de São Bernardo do Campo (SP) para de 12 de dezembro a 4 de janeiro. A produção dos caminhões Cargo será interrompida entre 2 e 24 de janeiro. Outra linha de pesados, a da Scania, ficará um mês inteiro em recesso, de 2 de janeiro a 1º de fevereiro. A PSA dará férias coletivas entre 26 de dezembro e 24 de janeiro. A GM ainda define os recessos em suas unidades.
Automotive Business