Apesar da queda nos licenciamentos de chassis para ônibus em março, o segmento encerrou o primeiro trimestre do ano mostrando uma forte evolução, ao saltar de 5.317 para 6.796 unidades no comparativo do biênio 2024/2025, evidenciando uma alta de 27,82%. Foi o que informou a Fenabrave, que reúne os distribuidores de veículos, com base nos números do Renavam.
“A demanda por renovação de frota, em sistemas urbanos, turismo e programas públicos, como o Caminho da Escola, segue sustentando o crescimento no ano. A queda pontual em março reflete mais o menor número de dias úteis e uma oscilação no fluxo de entregas do que um recuo de mercado”, observa Arcelio Junior, presidente da entidade.
Em menor escala, o mercado de caminhões também mostrou uma evolução, da ordem de 4,83% no trimestre. No total foram emplacados exatas 27.121 unidades, ante 25.871 caminhões contabilizados de janeiro a março de 2024.
Segundo Marcelo Franciulli, diretor Executivo da Fenabrave, o mercado de caminhões vem se beneficiando da boa aceitação da tecnologia Euro 6. E também do bom momento do agronegócio, que promete uma safra recorde esse ano. ““Mesmo com as incertezas que afetam o crédito e as taxas de juros elevadas, a conversão das vendas segue dentro das perspectivas da entidade para este ano”, ressalta.
Já em em relação aos implementos rodoviários, o mercado acusou um recuo de 16,79%, com 18,4 mil unidades emplacadas no primeiro trimestre de 2024, versus 22,1 mil registradas em igual período do ano passado.
Projeções
Por conta desse cenário, a entidade manteve as projeções para o ano em curso em relação ao mercado de veículos comerciais. Nas contas da Federação, o mercado de caminhões pode alcançar a marca de 127,5 mil unidades, o que representaria uma alta de 4,5% em relação a 2024. Já os ônibus devem avançar um pouco mais, cerca de 6%, o que representa cerca de 29,3 mil chassis licenciados. Diante da forte queda nos licenciamento de implementos rodoviários, a entidade acha prematura estimar números para 2025
“O crescimento dos emplacamentos de todos os segmentos, à exceção dos implementos rodoviários, mesmo com menos dias úteis, demonstra a resposta positiva do mercado, mesmo frente às incertezas econômicas. Seguimos atentos aos desafios, mas o comportamento do consumo do setor tem se mostrado positivo”, avalia Arcelio Junior.
