O Índice ABCR, que mede o fluxo de veículos nas rodovias pedagiadas, apresentou estabilidade em abril de 2025, com leve recuo de 0,1% na comparação com março, após ajuste sazonal. Desenvolvido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) em parceria com a Tendências Consultoria, o indicador mostrou comportamento divergente entre categorias: enquanto os veículos leves tiveram alta de 0,8%, os pesados ficaram praticamente estáveis, com variação de apenas +0,1%.
Na comparação com abril de 2024, o índice total registrou crescimento de 4,2%, puxado principalmente pelo desempenho dos veículos leves, que avançaram 5,9%, compensando a leve retração de 0,6% nos pesados. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice mostra expansão de 2,9%, resultado do aumento de 2,8% nos leves e 3,1% nos pesados.
Segundo analistas da Tendências Consultoria, Thiago Xavier e Davi Gonçalves, o comportamento dos veículos leves reflete um cenário econômico contraditório: “De um lado, o mercado de trabalho aquecido continua sustentando as viagens familiares; de outro, as condições financeiras restritivas e pressões inflacionárias pesam no orçamento das famílias”. Para os pesados, os especialistas destacam que “a demanda por transporte de grãos vem sustentando o segmento, mas o fraco desempenho da indústria – que se mantém estável há dois trimestres – atua como fator limitante”.
As regiões apresentaram desempenhos distintos: no Rio de Janeiro, o fluxo total recuou 1,3% na comparação com março (dados dessazonalizados), com queda de 0,5% nos leves e retração mais acentuada de 3,8% nos pesados. Já em São Paulo, houve crescimento de 0,7% no total, com leves avançando 1,2% e pesados registrando alta de 0,7%.
Na comparação anual (abril 2025 vs abril 2024), o Rio teve queda de 1,3% no total, com leves estáveis (-0,1%) e pesados recuando 0,6%. São Paulo, por sua vez, registrou alta de 3,0%, impulsionada por crescimento de 4,3% nos leves, embora os pesados tenham caído 1,3%. No acumulado de 12 meses, ambas as regiões mostram desempenho positivo: RJ com +2,9% (leves +2,4%, pesados +5,3%) e SP com +2,6% (leves +2,4%, pesados +3,1%).
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