O Scania K 230E B4x2LB é o primeiro chassi elétrico da marca no Brasil e é próprio para receber carrocerias de 12 a 14 metros de comprimento, com capacidade média para 80 passageiros, na configuração de piso baixo ou normal. Com autonomia de 250 a 300km em aplicação condição severa-extrema com ar-condicionado ligado, lotação máxima e topografia irregular, o modelo poderá circular nas operações urbanas e intermunicipais.
Para atender as características das operações brasileiras, a Scania decidiu utilizar o robusto chassi da série K, amplamente conhecido no mercado nacional, que proporciona uma vida útil estimada em 1,2 milhão de quilômetros. Para acompanhar a mesma projeção, a montadora desenvolveu a sua própria bateria NMC (lítio-níquel-manganês-cobalto), produzidas na Suécia em parceria com a Northvolt. Essa característica deverá proporcionar maior valor de revenda no futuro, segundo a montadora.
As baterias de NMC compreendem maior densidade de carga, proporcionando um peso de 600 kg por pacote de bateria, o que resulta em 2.400 kg na combinação com quatro baterias ou 3t na combinação com cinco pacotes de baterias. “Dessa forma, poderemos configurar as baterias em opções de três pacotes no teto e uma no fundo do ônibus, ou quatro baterias no teto e uma na posição traseira”, informa Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil.
Os motores voltados à eletromobilidade da Scania estão sendo chamados de “máquinas elétricas” pela marca, que passará a utilizar o termo com frequência em suas comunicações de maneira geral. O K 230E B4x2LB é equipado com o propulsor EMC 1-2, que entrega potência contínua de 230kW (equivalente a 310 cavalos) a 1.750 rpm, torque de 2.200 Nm a 0 rpm (curva plana em regime contínuo) e potência de pico de 300kW a 1.400 rpm. “No motor a combustão tradicional, o máximo torque é obtido após a aceleração contínua. Este elétrico é diferente. Ele já desenvolve o pico de torque em zero rotação, ou seja, assim que sair da imobilidade”, esclarece Gallao.
A identificação das baterias consiste em: EM, que significa Electric Machine (Máquina Elétrica); C, para localização central; o primeiro número representa o número de máquinas eletrônicas; o segundo para o número de marchas. Clique aqui e conheça os motores elétricos da Scania (global) que equivalem aos motores diesel da marca.
O motor EMC 1-2 trabalha com uma transmissão de duas marchas fabricado pela própria Scania. “Ele vai modular nessas duas marchas e conectar no eixo traseiro. O ônibus tem um carregador de 130 kW, numa capacidade de carregamento de 150 a 170 minutos”, comenta Gallao.
Na interface de carregamento, ele transforma a energia que recebe de um carregador externo, que neste primeiro momento será importado. “Nós já estamos avaliando os carregadores de mercado, que giram em torno de 150 a 180kW. Teremos a liberdade para desenvolver uma solução localmente”, finaliza o executivo.