BR-163 pode ser alternativa para queda nos preços de produtos

Caso estivesse asfaltada e pronta para o tráfego de caminhões, a BR-163, entre Cuiabá (MT) e Santarém (PA), poderia reduzir em 50% o tempo do transporte fluvial de cargas hoje feito entre Manaus e Belém para as cargas do Polo Industrial de Manaus (PIM). As regiões Sul e Sudeste do País, principais destinos dos produtos manufaturados no Estado do Amazonas teriam uma significativa redução de tempo de viagem. Todo o abastecimento do mercado amazonense estaria beneficiado com esta nova rota de tráfego.
 
A conclusão da rodovia, que segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) já tem 79% de seus 1.055 Km asfaltados, é uma das principais bandeiras a serem defendidas na II TranspoAmazônia – Feira e Congresso Internacional de Transporte e Logística, promovida pela Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia (Fetramaz) e que acontece em Manaus (AM), entre os dias 21 a 23 de maio, no Studio 5 Centro de Convenções.
“A Amazônia terá um ganho imediato de competitividade no mercado nacional e sul-americano, gerando mais empregos e produtividade”, avalia Augusto de Araújo Neto, membro e tesoureiro da Fetramaz. 
 
Ainda de acordo com Araújo Neto, para o consumidor final uma possível queda no valor do frete pode representar uma redução de até 10% nos valores dos produtos no comércio varejista. 
 
Durante o evento também serão debatidas a desmistificação da BR-319 (Manaus-Porto Velho), que em sua avaliação é uma estrada que pode oferecer uma nova perspectiva econômica e social para todo o Amazonas. 
 
“É preciso ter consciência que é uma estrada que já existiu, esteve aberta por vários anos e que não podemos perder para a floresta. Afinal esta é a nossa única via de ligação terrestre com a parte Sul do País e simplesmente não podemos virar de costas para este fato, apesar de compreender e respeitar todas as questões ambientais envolvidas”, destacou.
 
O especialista também comenta que os diversos setores da sociedade amazonense precisam utilizar a II TranspoAmazônia para pressionar os órgãos federais presentes ao evento sobre a retomada do projeto para construção da BR-080, que ligaria Manaus a Brasília (DF).
“É incalculável o impacto histórico que essa estrada traria para o Estado do Amazonas, principalmente para a população que mora nos municípios do interior e que cada vez mais precisam de novas alternativas econômicas e sociais”, destacou.
 
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