BorgWarner vai produzir sistemas de baterias no Brasil

Por José Augusto Ferraz

- novembro 28, 2022

BorgWarner

A BorgWarner, produtora de componentes para a indústria automotiva, anunciou a instalação de uma nova fábrica no Brasil, dessa vez para a produção de sistemas de baterias para veículos elétricos. Localizada em Piracicaba (SP), na antiga fábrica da Delphi, a unidade inicia as operações de montagem já no primeiro trimestre de 2023, com uma capacidade instalada para produção de 4.000 sistemas de baterias de 98 kWh o suficiente para equipar cerca de 1.000 caminhões e ônibus.

A iniciativa é resultado da aquisição da Akasol, fabricante alemã de baterias, pela BorgWarner e reforça a estratégia da empresa americana de ampliar as receitas com base na eletromobilidade.

“Estamos entusiasmados com a demanda e o potencial de mercado para esses produtos e a oportunidade de oferecer aos nossos clientes um portfólio flexível e de alta qualidade de soluções eletrificadas”, disse Henk Vanthournout, vice-presidente e gerente geral de sistemas globais de baterias da BorgWarner. “Esta instalação produzirá componentes de veículos elétricos inovadores, globais e de ponta.”

Três componentes

Inicialmente, a planta de Piracicaba irá produzir o módulo eletrônico de gerenciamento da bateria (BMS) além do DCU, componente que recebe a energia do carregador e o Junction Box, responsável pela integração dos sistemas elétricos do veículo com as baterias. Os packs de baterias, por sua vez, serão importados inicialmente da Alemanha, mas poderão ser fabricados no Brasil se houver escala para isso.

Módulo de baterias Akasol, produzida pela BorgWarner

Marcelo Rezende, diretor geral de sistemas de baterias da BorgWarner, adiantou que a empresa já firmou parceria com a Mercedes-Benz para equipar os ônibus elétricos da marca, enquanto negocia com outros três fabricantes sem identificar os nomes.

“A nossa expectativa é de que o segmento de veículos comerciais elétricos cresça 400% nos próximos cinco anos no Brasil”, estima o executivo, depois de afirmar que o foco inicial serão os ônibus urbanos e, depois, os caminhões e utilitários que atendem o last mile.

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