OLs demonstram preocupação com o alto custo de operação na região Sudeste

Mesmo com 97% das empresas de operações logísticas localizadas no Sudeste, existem preocupações por parte dos OLs relacionadas à região.

Por Priscila Ferreira

- julho 3, 2023

Região Sudeste

Mesmo com 97% das empresas de operações logísticas localizadas no Sudeste, existem preocupações por parte dos operadores logísticos (OL) relacionadas à região. Algumas delas são investimentos em infraestrutura rodoviária, isenção de impostos, qualificação técnica do mercado e estabilidade político/econômica.

Concentrados, sobretudo, em São Paulo e no Rio de Janeiro, devido à elevada demanda desses estados, os OLs direcionam nos clientes da indústria farmacêutica um volume expressivo de serviços, acompanhando o cenário nacional, já que o estado de São Paulo ampliou, entre 2010 e 2020, a sua participação no total de produtos farmoquímicos, farmacêuticos e biológicos exportados, passando de 57,7% para 63,7%.

Os anseios dos OLs compõem uma pesquisa realizada recentemente pela Associação Brasileira dos Operadores Logísticos (ABOL), junto aos seus associados. Ao traçar em meados de 2022 o perfil da atividade no Brasil, a entidade, junto ao Instituto de Logística e Supply Chain (ILOs), já havia apurado que houve uma concentração natural dos Operadores no Sudeste, desde que começaram a se consolidar no mercado brasileiro, há aproximadamente três décadas, e que também houve um aumento de 5% do número das instalações na região, entre 2020 e 2022.

Aumento nas instalações

A pesquisa também revelou, entretanto, que o número de instalações dos OLs – como armazéns e centro de distribuição, transit points, escritório administrativos e corporativos – aumentou em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste (aumento de 25%), o que demonstra a capilaridade destes prestadores de serviços logísticos integrados, que abarcam transporte (por qualquer modal), armazenagem e gestão de estoque.

O alto percentual ainda presente no Sudeste não surpreende, uma vez que a localidade é a mais populosa, com um total de quase 90 milhões de habitantes, além de ser vista como uma das mais estratégicas ao liderar a economia, com um PIB de 55,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre janeiro e maio deste ano, por exemplo, o Sudeste concentrou 88,4% do faturamento das lavouras brasileiras de café.

Esse é apenas um dos cenários positivos observados na região, que também se destaca pelo cultivo de cana de açúcar, soja e frutas cítricas. No ramo de serviços, a indústria automotiva está na lista dos principais mercados em âmbito geral.

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