Venda de implementos rodoviários caiu 34,38% em janeiro, diz Anfir

    O emplacamento de implementos rodoviários em janeiro de 2015 foi de 8.292 unidades. Isso representa retração de 34,38% sobre o mesmo período do ano passado quando a indústria vendeu 12.637 unidades.

    No segmento Pesado (Reboques e semirreboques) os fabricantes entregaram ao mercado 2.220 unidades, contra 4.851 produzidas no primeiro mês de 2014. Isso representa retração de 54,24%. No setor Leve (Carroceria sobre chassi) o resultado foi 22,01% abaixo do apurado em janeiro de 2014: no primeiro mês de 2015 a indústria fabricou 6.072 unidades ante 7.786 feitas no mesmo período do ano passado.

    “Esse primeiro resultado mesmo que registrado em um período tão curto sinaliza, diante do atual cenário da economia em geral e de crédito para o setor, que 2015 poderá ser mais um período difícil para a indústria produtora de implementos rodoviários”, afirma Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, ANFIR. “Poderemos ter mais um ano de retração com queda entre 5% e 10%, salvo se surgirem medidas que venham a dar suporte a tão ansiada retomada nos negócios”, informa.

    O setor depende efetivamente do desempenho dos demais segmentos da economia para crescer. Todo insumo, produto intermediário e produto final são transportados em implementos rodoviários. Até mesmo os produtos e bens importados e destinados ao mercado externo são movimentados com a presença de implementos rodoviários. “A baixa produção em qualquer dos elos da cadeia produtiva ou na realização de negócios com o mercado externo, causada pela redução geral na atividade econômica, afeta diretamente o segmento da indústria de bens de capital onde o implemento rodoviário está inserido”, diz Mario Rinaldi, diretor Executivo da ANFIR.

    Para a ANFIR, o desejável reaquecimento dos negócios esbarra nas novas regras de concessão de crédito do PSI/Finame, determinadas pelo BNDES, que reduziu a participação do banco oficial de fomento nas operações de financiamento de implementos rodoviários. Até o ano passado o bem podia ser financiado em sua totalidade. Porém, as regras foram alteradas e a parcela financiável baixou de 100% para 70% (pequenas e médias empresas) e 50% (grandes empresas).

    Assim com as novas condições de financiamento do PSI/Finame o segmento Pesado deverá seguir com desempenho negativo. Isso porque a maior parte das operações de venda no setor são realizadas no âmbito do programa de apoio do governo federal. Já no segmento Leve, onde o impacto das regras do PSI/Finame é menor porque uma boa parte das empresas compradoras não consegue se enquadrar nas regras do BNDES, as vendas deverão seguir em baixa influenciadas pelo desempenho geral da economia.

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