Setor de serviços cai 3,1% em janeiro após recorde em dezembro

O setor de serviços registrou queda de 3,1% em janeiro de 2023, ante dezembro de 2022, quando alcançou o ponto mais alto da série histórica, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira,14. A maior influência negativa no resultado do mês veio do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com queda de 3,7% em janeiro.

Em relação a janeiro de 2022, no entanto, o índice registrou alta de 6,1%, alcançando sua vigésima terceira taxa positiva consecutiva.

O gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE, Rodrigo Lobo, explica que, ao observar a queda em relação a dezembro de 2022, é relevante destacar a base de comparação em patamar elevado.

“O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré-pandemia”, completa.

Também foi destaque negativo o setor outros serviços, com queda de 9,9% na comparação com dezembro de 2022, quando havia subido 9,4%.

Rodrigo Lobo indica que a retração decorre de receitas atípicas recebidas no mês anterior pelas empresas que atuam nos segmentos de serviços financeiros auxiliares.

“No mês dezembro, frequentemente, há o recebimento de bônus por performance. Com isso, temos uma base de comparação elevada, ocasionando uma queda em janeiro, quando esse adicional de receita não está mais presente no faturamento das empresas do segmento”, aponta o gerente da pesquisa.

Os destaques positivos vieram de serviços de informação e comunicação e os prestados às famílias, com alta de 1,0% para o mês. O primeiro setor recuperou parte da queda (-2,5%) verificada nos dois últimos meses de 2022. Já os serviços prestados às famílias assinalaram o segundo resultado positivo seguido, com ganho de 3,5%.

Ao todo 16 das 27 unidades da federação registraram retração no volume de serviços em janeiro de 2023, na comparação com dezembro.

O impacto mais importante veio de São Paulo (-2,6%), seguido por Rio de Janeiro (-5,5%), Minas Gerais (-2,6%) e Distrito Federal (-7,2%). Em contrapartida, Paraná (3,0%) exerceu a principal contribuição positiva do mês, seguido por Bahia (2,4%), Espírito Santo (3,9%) e Piauí (13,3%).

Esta é a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra de empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar mudanças econômicas na sociedade.

 

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