“Same Day Delivery é o prime nas entregas”, garante executivo

Modalidade teve a pandemia como gatilho e não parou de crescer desde então

Se antes do início da pandemia (2020) o e-commerce já era forte, tudo foi maximizado pelo período fechado que o Brasil e o mundo todo passaram. Naquele contexto, onde as pessoas não tinha nem a opção de sair de casa, o serviço de entrega foi fundamental. Mais do que isso, a entrega no mesmo dia, o chamado Same Day Delivery, foi uma necessidade. O período pandêmico foi um forte gatilho para a modalidade que desde então vem crescendo a cada ano por aqui.

“Existem alguns estudos mercadológicos que apontam um crescimento de cerca de 40% no Same Day Delivery para os próximos anos, mas eu acredito em até mais.” Quem comenta com otimismo sobre o futuro é Carlos Magno Maiques, CPIO da Levoo, uma empresa do grupo Move3 que opera na modalidade desde a sua criação, em 2017.

“Antigamente o Same Day era muito farmácia e food, mas no pós- pandemia isso mudou. O e-commerce começou a entrar muito forte, as empresas aproveitaram o momento e cada vez mais percebemos a necessidade deste tipo de serviço“. Ele completa. 

Problemas encontrados

O cliente deste segmento é bem exigente e precisa de uma operação sem erros. Qualquer atraso em outro tipo de entrega não muda muita coisa, aqui é fundamental. A pessoa precisa do produto de forma emergencial, no mesmo dia. Carlos lembra algumas das dificuldades encontradas na hora da operação do Same Day Delivery no país.

Ele comenta que o grande desafio é a ter a qualidade homogênea em todas as regiões do Brasil. Em um país tão grande e culturalmente diferente, é complicado ter o mesmo resultado em lugares distintos.

“Eu cito primeiro a infraestrutura. Esse é um processo novo para o e-commerce onde é necessário processos tecnológicos em tempo real para dar ao meu cliente B2B a visão de tudo o que aconteceu. Depois vêm os casos onde o próprio cliente se torna um complicador por não ter uma gestão condizente à esse tipo de serviço. Se ele não uma gestão propícia a isso, algo onde, por exemplo, faltam informações, não tem a etiqueta completa na hora da coleta, se torna um problema.” Carlos completa citando que a Movee oferece treinamentos e auxílio para alguns clientes que não estão 100% preparados para operar nestas condições. “A gente tem algumas ferramentas como vídeos de treinamento. Nesta semana estamos atendendo uma loja de calçados do Rio de Janeiro onde 25 gerentes vão passar por aulas de operação.” 

Enquanto a modalidade busca oferecer um serviço “premium” de entrega expressa, existe a necessidade de equilibrar as contas para oferecer um preço atrativo aos clientes. Com diversas lojas operando com a condição de frete grátis, isso se torna uma questão para as transportadoras. A gente precisa fazer um trabalho de valorização desse produto. Isso é o que a gente tem de mais prime e mais especial. As empresas querem o menor preço e a mesma qualidade.” Defende o executivo da Levoo.

Costumes da geração impulsionam o crescimento

Se a pandemia foi o gatilho para o crescimento da modalidade no Brasil, Carlos lembra que os costumes da atual geração corroboram para a tendência de crescimento que ele enxerga no setor. “A gente entende que esse tipo de atendimento só tende a evoluir porque se criou uma cultura em relação a isso. Essa geração presta muita atenção ao conforto, são totalmente digitais. É um caminho sem volta.”

Além disso, vale citar os pequenos comércios que cada vez mais estão se modernizando e buscando avanços em suas operações. “Aquela farmácia que faz 30 entregas por dia também necessita do serviço. A gente tá muito interessado nessa fatia do mercado que, ao meu ver, é grande. É o que chamo de olhar ponta à ponta.” Concluí Carlos.

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