A NTC&Logística divulgou os resultados da 6ª Pesquisa com associados e entidades parceiras, que mostra a evolução na demanda nas empresas do transporte rodoviário de cargas, em função do afastamento social provocado pelo coronavírus. O estudo, coordenado pelo Decope (Departamento de Custos Operacionais) da entidade, envolveu um total de 394 empresas e compreende o período de e 20 a 26 de abril.
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O levantamento apontou uma queda média de 44,84% no volume de cargas movimentadas no período. Número pouco inferior ao registrado na pesquisa anterior, que foi de 45,2% (gráfico 1).
Segundo Lauro Valdívia, responsável pelo trabalho, a quase semelhança dos dois resultados pode indicar que o movimento de cargas vem se estabilizando; embora continue bem abaixo das expectativas das empresas.
No segmento de cargas fracionadas, que corresponde às entregas em forma de encomendas, o recuo foi de -47,31%. Já as cargas de lotação, originárias da indústria ou do agronegócio, acusaram uma variação negativa de – 42,85% (gráfico 2).
Gráfico 2 – Volume de cargas
Faturamento
A pesquisa também apontou o percentual de empresas que tiveram queda no faturamento, em função da redução da atividade econômica no país. O índice mostrou uma nova evolução (gráfico 3) e alcançou 90% das empresas consultadas. Isso significa que apenas 10% das empresas dedicadas ao transporte de cargas não sentiram os efeitos da crise.
Em entrevista ao Canal da NTC, Lauro Valdívia alertou os empresários para a necessidade de preservação de caixa, já que o horizonte é incerto e difícil de prever. Para tanto, ele sugere que as empresas negociem novos prazos com seus fornecedores. E principalmente, não reduzam o valor do frete, como vem sendo exigido por muitos embarcadores. “Em um período de dificuldades como essa, essa saída só contribuiria para aumentar o prejuízo da empresa”, afirmou.