Produção de veículos cai 27,4% em janeiro e ano começa devagar

De acordo com balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), o primeiro mês do ano não trouxe

De acordo com balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), o primeiro mês do ano não trouxe bons indicadores para a indústria automobilística. A produção de 145,4 mil unidades foi 27,4% inferior à de janeiro de 2021.

O mês de janeiro possui características de menor produção, com menos dias úteis e férias coletivas. No entanto, a diferença neste ano foi uma mistura da já conhecida escassez de componentes eletrônicos com os impactos da variante ômicron sobre a força de trabalho. As associadas da ANFAVEA reportaram índices sem precedentes de absenteísmo, por conta de afastamentos de funcionários por covid-19 ou por suspeita da infecção.

A vendas internas também sofreram as consequências da falta de oferta e de
problemas no varejo. No total, 126,5 mil autoveículos foram emplacados, um
recuo de 26,1% sobre janeiro do ano anterior. Outros países afetados pela
variante ômicron tiveram quedas parecidas com a nossa, próximas de 20%.

“Foi um mês de recorde nas infecções por covid-19 no país e de chuvas acima
da média para o período, o que afetou a produção dos fornecedores e dos
fabricantes de veículos, e ainda afastou clientes das concessionárias”, destacou
o Presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes.

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As exportações foram menos prejudicadas por essas atribulações excepcionais
do mês de janeiro. Ao todo, 27,6 mil unidades foram embarcadas, o que
representou um crescimento de 6,6% em relação a janeiro de 2021. Estoques e
nível de emprego mantiveram patamares muito semelhantes aos de dezembro.
O Presidente da ANFAVEA afirmou que ainda aposta numa boa reação do
mercado para este ano, apesar deste janeiro frustrante.

“Os problemas causados pela ômicron deverão ser amenizados nos próximos dois meses, permitindo um quadro mais próximo da normalidade em todas as atividades. E, como destacamos na coletiva anterior, não teremos todos os semicondutores que
precisamos este ano, mas o nível de escassez será menor que em 2021. Portanto, o único sinal de alerta é para a alta dos juros acima do que era esperado. Isso pode desaquecer o mercado, caso não haja contrapartidas que tragam algum alívio para o orçamento dos consumidores”, concluiu Luiz Carlos Moraes.

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