Divulgada nesta terça-feira (18), uma pesquisa da FSB e CNI divulgou alguns dados sobre logística e seus maiores problemas. O levantamento trouxe bons pontos a serem discutidos e ouviu 2.500 empresários.
Nos últimos quatro anos, para 95% dos empresários brasileiros, houve uma forte elevação dos preços com logística e 71% atribuem isso aos combustíveis. Além disso, 99% das pequenas e grandes indústrias utilizam as rodovias para escoar suas produções.
De acordo com executivos, 73% dos gargalos de suas produções estão no setor de transportes; dentro deste universo, 77% atribuem o problema à infraestrutura das rodovias brasileiras – ou seja, motivo que cria dificuldades de escoamento de demanda.
Na amostragem geral, 46% dos entrevistados se preocupam com os custos, já 22% se dizem preocupados com os roubos de carga e 20% alegam que o principal problema das operações são as más condições dos modais.
Além disso, 36% acreditam que para melhorar o desempenho da indústria seria necessário fazer obras nas estradas e outros 31% fazer duplicação nas rodovias. A distância média percorrida pelos caminhões (em km) entre local de produção e o destino de venda dos produtos é de 885 km.
A pesquisa mostra que 38% dos empresários estão dispostos a mudar de tipo de transporte para o escoamento de suas produções enquanto 61% dizem que não. Neste universo, os que mais se destacam são as empresas que usam as ferrovias, 75% mudariam enquanto 3% dos que usam rodovias fariam os mesmo caminho.
MEDIDAS GOVERNAMENTAIS
Neste ano, para conter a inflação e a crise dos combustíveis, o Congresso Nacional, com o apoio do governo federal, aprovou a redução na alíquota do ICMS de combustíveis, ou seja, um teto de 17% aos estados. Além disso, A emenda à Constituição (PEC) dos Benefícios foi aprovada, aquela que distribuiu R$ 41,25 bilhões em benefícios sociais para a ampliação do Auxílios Brasil (R$ 600), vale-gás (R$ 110) e vale-caminhoneiro (R$ 1.000).
Todas as medidas aconteceram em meio às ameaças dos caminheiros se fazer paralisações enquanto os preços dos combustíveis subiam com a alta do barril no exterior e a Petrobras repassava ao mercado interno devido à paridade internacional (PPI).
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