A Perfect destaca suas novidades estratégicas para reforçar sua atuação no mercado de reposição para além da linha leve. Em entrevista exclusiva, Gustavo Assis, coordenador de Marketing da empresa, detalhou os lançamentos e as perspectivas para o setor.
Um dos destaques da feira é o lançamento da linha pesada, voltada para ônibus e caminhões. “Desenvolvemos um portfólio que cobre 90% da frota circulante no Brasil, incluindo uma ampla gama de amortecedores, terminais de direção, barras, cruzetas, suportes de motor e câmbio, entre outros componentes”, afirma Assis.
O executivo explica que, assim como na linha leve, em que já atende 94% dos veículos de passeio e utilitários, a Perfect priorizou a abrangência. “Cada item é dimensionado conforme as especificações das montadoras. Por exemplo, a cruzeta, que integra o eixo cardã, tem variações para diferentes modelos“, detalha.
Assis adianta que a Perfect prepara novas linhas de produtos, sem abandonar seu core (suspensão e transmissão). “Estamos estudando até segmentos que o mercado não espera que entremos“, diz, sem revelar detalhes. Outro foco é a linha metal-borracha, como coxins de motor e câmbio, hoje dominada por importados. “Queremos produzir nacionalmente, usando engenharia reversa”, planeja.
A empresa também investiu em estrutura. “Transferimos uma fábrica do Paraguai para Arujá (SP) e inauguramos um novo centro de distribuição dedicado a amortecedores“, revela Assis. Em 2025, a Perfect completa três décadas no mercado. “Estamos consolidando nossa presença na linha pesada e de olho no futuro, sem perder a essência: qualidade e cobertura nacional“, complementa.
Eletromobilidade
Questionado sobre as tendências do mercado, Assis destacou o crescimento dos veículos eletrificados. “Em 2024, foram emplacados 180 mil unidades no Brasil, segundo a Fenabrave. Marcas como BYD, GWM e Volvo já são realidade, e estamos nos preparando para isso“, comenta.
Apesar do cenário ainda incipiente, a Perfect já ajusta seus produtos. “Um SUV elétrico pode ser 800 kg mais pesado que um convencional. Isso exige amortecedores com maior capacidade de carga e suspensões reforçadas“, explica. Além disso, as más condições das vias brasileiras aceleram o desgaste, o que deve aumentar a demanda por reposição.
