Fábrica poderá produzir 130 mil unidades por ano
Ao reinaugurar sua fábrica de Juiz de Fora (MG), agora convertida para produzir caminhões, a Mercedes-Benz elimina por um bom tempo qualquer gargalo produtivo no Brasil e consolida sua estratégia de médio e longo prazos para atender ao crescimento previsto do mercado até 2020. Quando estiver operando a pleno vapor, a partir de 2014, a planta poderá produzir até 50 mil unidades/ano em três turnos. Somando com a ampliação para 80 mil veículos/ano feita na quase sexagenária unidade de São Bernardo do Campo (SP), a Mercedes poderá entregar até 130 mil caminhões por ano.
“Juiz de Fora é um investimento de longo prazo (foram R$ 450 milhões). Se nada mudar nos próximos anos, a fábrica deverá atingir sua capacidade total em cinco a oito anos”, prevê Jürgen Ziegler, presidente da Mercedes-Benz do Brasil. Ele avalia que o potencial máximo agora instalado no País será consumido quando o mercado brasileiro de caminhões chegar a 200 mil unidades/ano, o que deverá acontecer até 2020, considerando também o avanço das exportações para países da América Latina.
E mesmo quando esse dia chegar, Juiz de Fora ainda tem bastante potencial para crescer, tanto dentro como fora das instalações atuais. A fábrica tem 170 mil metros quadrados de área construída e, no prédio de montagem, há espaço para operar mais uma linha, o que dobraria a capacidade para 100 mil/ano. E do lado de fora, dos 2,5 milhões de metros quadrados do terreno, 1,5 milhão pode ser usado sem problemas para erguer mais galpões industriais.
Juiz de Fora também cumpre o papel de aliviar São Bernardo do Campo. “Nos últimos seis anos a fábrica do ABC chegou ao seu limite, não temos mais como crescer lá. Agora, ao trazer para Minas a produção do (leve) Accelo e do (pesado) Actros, ganhamos o espaço que precisávamos para fazer mais agregados (componentes)”, explica Ronald Linsmayer, vice-presidente de operações da Mercedes-Benz.
Além de caminhões e ônibus, em 2011 a montadora fabricou em São Bernardo 100 mil motores, 192 mil eixos e 60 mil transmissões. Dos cerca de 6 mil empregados da produção, metade está dedicada à fabricação desses agregados.
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