Mega venda de ônibus para Salvador dá fôlego à produção da MAN

    Maioria dos chassis Volksbus que irão circular na capital baiana será produzido até o final do ano
     

    A MAN Latin America vai produzir 750 chassis de ônibus Volksbus para o transporte público de Salvador (BA). A maior parte das unidades será produzida até o fim deste ano, o que deve dar fôlego à linha de montagem da empresa, que tem suspendido contratos de trabalhadores (lay-off) e concedido férias coletivas para ajustar estoques e driblar o mau momento do setor de veículos. “Trata-se do maior negócio fechado este ano pela montadora”, disse o presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. 
     
    “Este não é um ano de grandes negócios”, reconheceu Cortes. “Por isso celebramos tanto este contrato. Equivale a um mês inteiro de produção de ônibus. O negócio veio na hora certa”. O executivo anunciou a venda por meio da licitação ontem na IAA Veículos Comerciais, feira do setor em Hannover, na Alemanha. A MAN responderá por 90% da renovação da frota em Salvador. 
     
    Cortes estima que as encomendas vão gerar aumento de 30% na atividade da linha de montagem de ônibus da MAN, na fábrica de Resende (RJ), durante três meses. Apenas uma parte final das unidades será entregue entre janeiro e fevereiro de 2015. “Isso vai evitar diminuição (da produção), o que vem num bom momento, já que os investimentos têm sido feitos com mais critério, dado o momento econômico e político”, explicou. 
     
    O cenário ruim para o mercado de veículos fez com que a MAN, que esperava aumento na produção e nas vendas no início deste ano, passasse a contar com uma queda na atividade. Segundo Cortes, as incertezas em relação à economia e ao cenário político tem feito com que empresários posterguem investimentos. 
     
    No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIE) brasileiro registrou recuo de 0,6% após cair 0,2% nos primeiros três meses, o que caracterizou uma recessão técnica. No acumulado de todo o primeiro semestre, os investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) despencaram 6,8% frente a igual período n do ano passado. 
     
    “Infelizmente o setor de caminhões e ônibus é um termômetro da economia. Se a economia cresce pouco, o setor não cresce”, explicou Cortes. 
     
    Apesar disso, o presidente da MAN encara o momento como temporário. Com a nova encomenda, não está nos planos da companhia expandir o lay-off acertado em agosto, que suspendeu por cinco meses o contrato de 200 trabalhadores (10 do total). “Há demanda reprimida, pois sabemos que a frota de caminhões é velha”, citou Cortes.
     
    FONTE: O ESTADO DE S.PAULO
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