“Grandes aquisições deixam empresas regionais apreensivas”

Diretora da NSLOG Transportes analisou o mercado e comentou as dificuldades do setor

Criada em 1986, a NSLOG Transportes é uma das principais empresas de transporte atuantes no interior de São Paulo, principalmente no setor fracionado. Atualmente a companhia conta  com uma pequena frota que transporta combustível (em parceria com a GAM Transporte, do qual são sócios), e cerca de 85% do volume de embarques continua sendo de carga fracionada. As cargas lotações com alguma frequência são de clientes do fracionado.

Carolina Resuto, gerente administrativa-financeira da NSLOG Transportes, comentou sobre o ano de 2022 da empresa, que, segundo ela, foi um ano de revelações e acomodações.

“Tivemos ótimos resultados em 2020/2021 durante a pandemia, e isso fez com que déssemos alguns passos norteados mais pela vontade e expectativa do que pelos resultados concretos. Algumas sementes germinaram, outras não, e agora em 2023 estamos amadurecendo esse olhar menos subjetivo da carteira e dos próximos da empresa.”

Transportes Fracionados

O mercado de transportes fracionados foi impactado por algumas grandes aquisições nos últimos tempos. Para Carolina, isso acaba deixando pequenas empresas apreensivas.

“Mas esse “medo” tem que se transformar sempre em força de inovação, de reinvenção, mantendo o foco absoluto no negócio (mais do que nas inseguranças do mercado), e buscando explorar os pontos fortes (e minimizar os pontos fracos).”

Lucas Scapini, CEO do Grupo Scapini, comenta que uma das dores do setor é a falta de motoristas treinados.

Hoje nós enfrentamos uma grande falta de motoristas. Nós temos 35 veículos parados. Na Translíquidos nós temos 5 e na Scapini Sul temos 20. O que a gente faz é pegar um motorista sem treinamento e treinar ele em 6 meses. Afinal de contas, precisamos ter segurança.”

Já para Carolina Resuto, as dificuldades são mesmas para todas as empresas, mas em escalas diferentes.

“Os insumos são caros, o risco é grande, as leis não flexibilizam. Mas aprendi nos últimos tempos que somos sempre nosso “pior inimigo” (seja em âmbito pessoal ou profissional). Tudo em que não tivemos sucesso foi consequência de “deixar pra depois” algumas atitudes que deveriam ter sido tomadas. O faturamento sinaliza, o financeiro sinaliza, a performance / nível de serviço sinaliza, e cabe ao administrador atuar sempre que algo não parecer alinhado/aderente ao propósito do seu negócio.”

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