Governo Federal libera mais de R$ 3,5 bi para a Transnordestina

Ferrovia em bitola larga de classe mundial terá 1.757 quilômetros de extensão e já conta com 676 quilômetros de trilhos da fase 1 entregues

Transnordestina

As obras da ferrovia Transnordestina, consideradas uma prioridade pelo Governo Federal e previstas no Novo PAC, receberão R$ 3,6 bilhões em investimentos adicionais para a conclusão do empreendimento.

Cerimônia para assinatura de termo de aditivo para a continuação da construção da ferrovia Transnordestina
Cerimônia para assinatura de termo de aditivo para a continuação da construção da ferrovia Transnordestina

Essa Transnordestina foi um pedido do companheiro Miguel Arraes (ex-governador de Pernambuco). Ele dizia para mim: ‘Lula, a Transnordestina vai mudar a vida do Nordeste’. E vocês não têm noção da quantidade de reuniões que eu fiz e a cada reunião aparecia um novo problema, alguém dizia que tinha alguma coisa que estava atrapalhando”, conta o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Este país precisa ter facilidade para o transporte das cargas que nós produzimos e não existe outra possibilidade de a gente ficar muito competitivo se a gente não tiver as ferrovias”, complementa.

O aporte dos R$ 3,6 bilhões será feito pelo Banco do Nordeste à Transnordestina Logística (TLSA), concessionária do projeto que liga Eliseu Martins, no Piauí, a Pecém, no Ceará, mediante crédito do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). No início de novembro, a Sudene havia autorizado a assinatura do aditivo.

As obras da Transnordestina retomaram o ritmo em 2023, com a volta de investimentos federais. Este empreendimento é um dos maiores do setor de infraestrutura em execução no Brasil e corresponde a uma ferrovia em bitola larga de classe mundial que se assemelha às melhores do mundo.

Para o ministro dos Transportes em exercício, George Santoro, destacou o intenso trabalho para concluir um projeto que passou os últimos anos praticamente paralisado e sem investimentos. “A Transnordestina não pode ser vista somente como um meio de transportar cargas ou corredor logístico. Ela é um fator de desenvolvimento regional porque passa por regiões com a perspectiva de entregar uma infraestrutura importante. Será um corredor logístico bastante integrado. Ao longo dela serão desenvolvidos diversos modais rodoviários e ferroviários para permitir esse fluxo de mercadorias”, completou.

De 2023 até o momento conta com 3 mil trabalhadores e poderá chegar com esses atos em 8 mil postos de trabalho diretos. A Ordem de Serviço para o lote 7 permitirá o avanço das obras em 55 quilômetros, entre os municípios cearenses de Quixadá e Itapiúna, e que corresponde ao chamado lote 7. Com a contratação deste trecho, ficam pendentes somente 169 quilômetros para a chegada dos trilhos até o porto do Pecém, viabilizando a conclusão da fase 1 do projeto. Esta fase compreende o traçado entre Eliseu Martins e o porto cearense. Ela é composta, ainda, pelo braço da ferrovia que se estende até Salgueiro, em Pernambuco.

Até o momento, 676 quilômetros de trilhos da fase 1 da Transnordestina foram entregues e outros 151 quilômetros estão em execução. As obras acontecem entre os municípios de Acopiara e Quixadá (lotes 4, 5 e 6). Dentro do cronograma proposto pela TSLA, a ferrovia deve iniciar em operação assistida já em 2025, com os primeiros vagões carregados especialmente soja, farelo de soja, milho e calcário, saindo do Terminal Intermodal de Cargas do Piauí em direção a região centro sul do Ceará e algumas regiões de Pernambuco.

O projeto completo da ferrovia Transnordestina possui 1.757 quilômetros de extensão, dos quais 1.209 quilômetros integram a fase 1. O ramal de Pernambuco, que sai de Salgueiro em direção ao Porto de Suape, comporta 548 quilômetros.

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