Da mesma forma que os caminhões e ônibus acusaram um notável desenvolvimento nos últimos anos, a indústria de pneus segue na mesma toada. No esforço de corresponder às expectativas das montadoras de veículos e os compradores do produto, os fabricantes se empenham em apresentar novidades tecnológicas, ainda que nem todas sejam perceptíveis aos olhos dos consumidores. “A gente fala que o pneu é um cobertor curto; melhora em um ponto, mas perde em outro, então o avanço da tecnologia vem para alongar essa cobertura”, explica Luiz Mari, Diretor de Pesquisa & Desenvolvimento da Prometeon para as Américas.
Segundo o especialista, a evolução dos pneus passa pelo estudo e melhoria de compostos que ampliam a resistência ao rolamento e colaboram para o aumento da vida útil do componente. Sem comprometer a aderência e que ainda ajudam na redução de emissões de CO².
Várias frentes
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É o caso do dos nanomateriais como o grafeno, uma das formas cristalinas do carbono. Ou então da lignina, um subproduto da celulose, que protege contra raios UV, que reduzem a vida útil do pneu. Outro caminho é o uso óleo de soja que substitui os derivados de petróleo em compostos de borracha, tornando a produção mais sustentável. “São várias frentes de atuação nessa jornada tecnológica, onde a questão da sustentabilidade também está bastante presente”, comenta Mari.
Além de focar no produto final, a indústria também avança no uso cada vez mais intensivo de insumos oriundos de fontes renováveis, que hoje já respondem por 40% dos materiais usados na fabricação de pneus. Caso, por exemplo, da borracha natural e da sílica de casca de arroz, além de outros compostos ecológicos presentes na receita.
Como resultado desse esforço, o diretor da Prometeon cita os Airless Tires, pneus sem ar que dispensam a necessidade de calibragem, sofrem menos com furos e podem virar uma tendência. Bem como os pneus para veículos elétricos que exigem cuidados especiais, por conta do torque elevado dos motores e as condições diferentes de frenagem.