Dunlop revela a ciência por trás da fabricação de um pneu de carga

A construção de pneus da linha pesada depende uma Engenharia de ponta, para garantir que o produto reúna os atributos de rigidez, elasticidade, resistência e flexiblidade

Por Gustavo Queiroz

- abril 11, 2025

ábrica da Dunlop no Brasil está localizada em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba. A fábrica da Dunlop é considerada uma das mais modernas da Sumitomo Rubber Industries.

Por trás da aparência robusta de um pneu de carga está uma combinação precisa de materiais e muita tecnologia. A carcaça é a espinha dorsal do produto, composta por talões de aço, cintas estabilizadoras e camadas de borracha projetadas para suportar toneladas de pressão.

Um raio-X detalhado de um pneu revela uma carcaça radial, feita de cabos de aço trançados, que garantem flexibilidade e resistência ao produto.  Essa estrutura é envolvida com uma mistura de borracha natural (extraída de seringueiras) e sintética (derivada do petróleo), com propriedades ajustáveis. Além de aditivos estratégicos como negro de fumo, sílica e antioxidantes, relata Alex Rodrigues, Gerente de Processos da Dunlop.

Alex Rodrigues, Gerente de Processos da Dunlop
Alex Rodrigues: “Cada camada do pneu é projetada para equilibrar resistência e eficiência”.

“A borracha natural tem maior elasticidade e aderência, enquanto a sintética oferece melhor resistência ao desgaste. A combinação dos dois tipos permite ajustar características como rigidez e flexibilidade conforme a necessidade de cada parte do pneu”, detalha o especialista.

Aditivos como negro de fumo (carbono) e sílica são essenciais. “O carbono entra nas reações químicas durante a vulcanização, dando rigidez à borracha. Já a sílica reduz a resistência ao rolamento, economizando combustível. Antioxidantes, resinas e aceleradores completam a fórmula, prolongando a vida útil do produto”, esclarece Rodrigues.

Mistura perfeita

A durabilidade e a segurança dependem da fórmula dos compostos. Segundo o gerente, a banda de rodagem precisa ser resistente ao atrito, enquanto as laterais exigem flexibilidade para amortecer impactos.

O processo de vulcanização, que usa calor e pressão para unir as moléculas da borracha ao enxofre, é crucial. “Ele transforma a estrutura da borracha de um material plástico e mole para um estado elástico e durável. Por fim, a fórmula inclui ainda temperatura e tempo controlados rigorosamente, para evitar qualquer espécie de defeito”.

O executivo lembra que a Dunlop investe em tecnologias disruptivas, como o Active Tread, um composto que se adapta a condições extremas (frio, chuva ou calor). “No Japão, já testamos pneus com IoT, que monitora a estrada e a temperatura em tempo real”.

 

 

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