Em todos os CEPs: Amazon e Favela Llog garantem um serviço de entregas em localidades antes negligenciadas

Com armazéns instalados dentro das comunidades, Amazon e Favela Llog garantem um serviço de entregas em localidades antes negligenciadas

Por Gustavo Queiroz

- novembro 8, 2025

AMAZON e Favela Log

Em um movimento que busca redefinir os paradigmas da logística em comunidades, a Amazon Brasil Logistics implementou, em conjunto com a Favela Llog, um projeto de entrega que inclui digitalmente territórios antes negligenciados e, ainda, estabelece novos patamares de eficiência intralogística. Iniciado em 2022 com uma unidade em Paraisópolis, São Paulo, o projeto eliminou a prática comum de entregar apenas em “zonas seguras” fora das favelas, levando a encomenda diretamente à porta do cliente, sem custos adicionais e com prazos drasticamente reduzidos.

O que nós fizemos foi o avesso disso. Nós vamos entrar lá e entregar na porta desse cliente. Também não iremos cobrar nada mais por isso e nem adotar os prazos extensivos de entrega que existem hoje no Brasil. Todas as encomendas chegarão no dia seguinte ao pedido, incluindo sábados, domingos e feriados, explica Rafael Caldas, diretor Geral da Amazon Logistics Brasil. A iniciativa já cobre todas as favelas da região metropolitana de São Paulo, quase 100% da região metropolitana do Rio de Janeiro e avança em outros estados, como Bahia.

Simbiose

A base para essa eficiência é uma simbiose completa entre a Favela Llog e a infraestrutura tecnológica e de processos da Amazon. “As localidades que nós temos com a Favela Log são unidades em que a Amazon de forma ativa influenciou no tamanho, nos equipamentos, no fluxo operacional. A tecnologia que roda dentro da Favela Log para fazer a roterização, para fazer a gestão daqueles pacotes, é toda da Amazon Logistics“, destaca Caldas.

Dentro das unidades da Favela Llog, os processos intralogísticos também são otimizados com conhecimento da Amazon. “Nós apoiamos com layouts, fluxos operacionais e equipamentos“, diz Caldas. A tecnologia embarcada agiliza processos como a indução de pacotes. “Com o uso de nossas soluções é possível fazer indução de mais de 2.000 pacotes por hora com uma única pessoa“, compara. O executivo destaca que nas unidades próprias da Amazon, esse processo é escalado com portais de leitura automatizada e fluxos robotizados para processar dezenas de milhares de pacotes diariamente.

Visão pragmática

Sobre a automação física, como AGVs e braços robóticos, o diretor da Amazon apresenta uma visão pragmática.Todas as automações são avaliadas. A empresa foi a precursora no uso dessas tecnologias no mundo inteiro, mas não utiliza as mesmas inovações em todos os países“. A decisão, segundo ele, passa por uma análise multidimensional que prioriza a segurança dos colaboradores, a escassez, o custo da mão de obra e a viabilidade econômica. “O Brasil é um país que ainda tem um índice de desemprego alto e um custo de importação extremamente elevado. A conclusão matemática é que não faz sentido automatizar certos processos. A Amazon tem fulfillment centers (centro logístico especializado em processar e enviar pedidos para e-commerce e marketplaces) robotizados nos EUA, Japão e Austrália. Mas, no Brasil isso ainda não se justifica“, explica Rafael Caldas.

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