Volvo Brasil fabrica primeiro ônibus biarticulado elétrico do mundo

Unidade de Curitiba (PR) inicia produção do modelo BZRT, que será exportado para sistemas BRT globais. Veículo tem capacidade para 250 passageiros e zero emissões

Por Gustavo Queiroz

- maio 9, 2025

Volvo BZRT

A Volvo Brasil atingiu um marco em sua fábrica em Curitiba (PR): a produção do primeiro chassi de ônibus biarticulado elétrico da marca no mundo. O modelo BZRT, nas versões articulada e biarticulada, é fabricado exclusivamente no país e também será destinado para mercados de exportação. A produção nacional reforça a posição do Brasil como hub global de mobilidade elétrica da Volvo.

Com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, o BZRT tem eficiência comparável a um metrô, segundo a montadora, mas com custos menores de implantação e operação. O veículo é parte da estratégia da Volvo para zerar emissões de CO₂ até 2040. “Este é um passo importante na descarbonização do transporte”, afirma André Marques, presidente da Volvo Buses na América Latina. O projeto integra um ciclo de investimentos de R$ 1,5 bilhão no Brasil entre 2023 e 2025.

O BZRT possui dois motores elétricos de 200 kW cada, totalizando 540 cv, e transmissão automatizada baseada no sistema I-Shift da Volvo. O chassi suporta até oito baterias, com capacidade total de 720 kWh, e recarrega em duas a quatro horas. Os motores e baterias ficam na parte inferior do veículo, garantindo melhor distribuição de peso e espaço interno livre para passageiros. “Utilizamos a mesma estrutura robusta dos biarticulados convencionais, combinada com tecnologia elétrica”, diz Alexandre Selski, diretor de eletromobilidade da Volvo Buses na América Latina.

O modelo inclui sistemas avançados como câmeras, sensores de pontos cegos e leitura de placas de trânsito. O Volvo Dynamic Steering (VDS) melhora precisão e reduz fadiga do motorista. O BZRT também é compatível com o sistema de “Zonas de Segurança”, que ajusta automaticamente a velocidade em áreas críticas. “Algumas cidades registraram redução de 50% em colisões com essa tecnologia”, conclui Selski.

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