A Scania divulgou os números de sua performance operacional em 2024, ano em que suas vendas globais subiram 6%, atingindo SEK 216,1 bilhões (coroas suecas), equivalentes a mais de US$ 21 bilhões ou R$ 123,7 bi. A receita operacional ajustada atingiu SEK 30,4 bi (ou R$ 17,4 bi) margem operacional ajustada foi de 14,1% (12,7). As entregas de veículos acompanham os bons resultados e aumentaram 6%, considerando 102.069 unidades, sendo 266 unidades de produtos zero emissão. A receita do negócio de serviços cresceu 3%, enquanto a entrada de novos pedidos reduziu 4% para 81.012 veículos.
No último trimestre do ano passado, o Grupo Scania observou retração de 4% nas vendas líquidas, chegando a SEK 57,4 bilhões (R$ 32,8 bi); receita operacional ajustada de SEK 7,7 bilhões (R$ 4,4 bi) e a margem operacional ajustada foi de 13,3%; as entregas diminuíram em 3% chegando a 28.014 veículos, dos quais os veículos de emissão zero totalizaram 77 unidades; a receita do negócio de serviços aumentou em 3%; e a entrada de pedidos aumentou em 10% para 24.599 veículos.
Pela primeira vez, as entregas de veículos ultrapassaram a marca de 100.000 unidades, impulsionadas pela produção estável e uma redução bem-sucedida da carteira de pedidos para níveis mais normais. Para dar suporte à transformação e ao crescimento, a Scania fez grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento e na finalização de seu próximo centro industrial na China.
A participação de mercado europeia da Scania cresceu de 2%, para 17,8%. Na América Latina, a participação de mercado da Scania aumentou para 17,3%, e a demanda permaneceu forte, especialmente no Brasil. O sistema de produção global da Scania com centros na Europa e América Latina equilibra efetivamente as flutuações do mercado regional. “Estou muito orgulhoso dos colegas da Scania. Apesar de muitos desafios, entregamos um desempenho operacional e financeiro excelente“, diz o CEO, Christian Levin.
Descarbonização
De acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), os escopos de emissões são uma estrutura que categoriza e quantifica as emissões de gases de efeito estufa (GEE) por meio do ODS 13: Ação Contra a Mudança Global do Clima (mobilizar recursos para ajudar os países em desenvolvimento a mitigar desastres relacionados ao clima; promover a redução das emissões de GEE; promover o uso de energias renováveis; promover a eletrificação de frotas de veículos; e promover a captura de carbono por meio do plantio de árvores).
- Escopo 1: Emissões diretas, ou seja, aquelas criadas diretamente pela empresa
- Escopo 2: Emissões indiretas, ou seja, aquelas criadas indiretamente por meio de energia comprada
- Escopo 3: Emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor de uma empresa
A montadora cortou as emissões operacionais em 47% por meio de “eletricidade verde”, logística descarbonizada e menor uso de energia. Isso coloca a Scania no caminho certo para superar sua meta de 2025 de uma redução de 50% nas emissões do Escopo 1 e 2. Para as emissões do Escopo 3 — aquelas de veículos em uso — a Scania atingiu uma redução de 12%. Apesar da melhora significativa em relação ao ano passado, ela continua aquém de sua meta de 2025. A empresa está intensificando esforços em treinamento de motoristas, combustíveis renováveis e otimização de veículos para diminuir a lacuna para uma redução de 20%.
Para 2032, a Scania estabeleceu novas metas, incluindo redução de 50% nas emissões em suas operações e um corte de 45% nos veículos em uso, em comparação aos níveis de 2022.
“O compromisso da Scania em descarbonizar nossos negócios em linha com a ciência permanece firme. Definir novas metas é uma prova de nossas ambições elevadas e líderes do setor“, finaliza Levin.