SPTrans anuncia troca de 15 milhões de bilhetes únicos para evitar fraude

    O secretário municipal de Transportes, Sergio Avelleda, anunciou nesta quinta-feira (16), durante reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte, que todos os cartões de bilhetes únicos em poder dos usuários de ônibus, trens e metrô terão de ser trocados por cartões novos.

    Ele estima que a troca comece ainda neste ano, após maio, mas garante que o processo será feito “com tempo” para evitar filas e tumultos em postos de atendimento. A estimativa é que a cidade tenha 15 milhões de bilhetes ativos (usados no último ano), mas o total de bilhetes emitidos até hoje, e que podem ter créditos, é da ordem de 30 milhões, ainda de acordo com o secretário.

    O motivo é a constatação de que os códigos de segurança dos cartões foram quebrados e que golpistas estão fazendo recargas clandestinas nos cartões. A troca dos bilhetes vai ajudar a combater fraudes no sistema.

    O secretário explicou que a Prefeitura já havia adquirido, no ano passado, um novo software para administrar o comércio de créditos do bilhete único, mas que o processo de instalação e de testes está atrasado. Quando os sistemas estiverem com sinal verde, terá início a etapa de troca dos cartões, por um modelo com códigos de segurança mais fortes. “A estratégia [de troca de cartões] vai ser elaborada mais para a frente. O software só chega em maio e provavelmente vai ter um período de testes longo”, diz.

    Os técnicos da SPTrans ainda não conseguem estimar o total de valores desviados por meio de fraudes no sistema, que é bilionário — pelo bilhete único, circulam cerca de R$ 18 bilhões por ano. Embora já haja comprovações de que é possível recarregar o cartão com créditos que não vieram da SPTrans, a equipe da Prefeitura não tem como saber, apenas avaliando o sistema, quais são os cartões carregados ilegalmente. A equipe também ainda não consegue responder se, da mesma forma que os clandestinos conseguem criar créditos fantasmas, a série de empresas que trabalham com a venda de créditos também poderia fazer operações ilegais.

    Fonte: O Estado de S. Paulo

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