Bancos de montadoras projetam leve recuperação em 2017

    Com a expectativa de alta de 4% das vendas de veículos leves e pesados para 2017, para cerca de 2,13 milhões de unidades, as montadoras preveem um desempenho melhor que o de 2016 em relação os financiamentos do setor. A Anef, associação dos bancos de montadoras, espera por crescimento de 2,5% no saldo das carteiras, para R$ 166,7 bilhões contra os R$ 162,7 bilhões do ano passado, volume que representou queda de 11,4% sobre o resultado do exercício anterior.

    A Anef e os bancos associados às montadoras respondem por 65% do total de veículos financiados atualmente.

    “Será uma pequena recuperação, que não é forte, mas esperamos um crescimento no saldo”, reforça o presidente da entidade, Gilson Carvalho. “Neste primeiro semestre, o mercado deverá manter o ritmo, ainda influenciado pelo baixo nível de confiança e ninguém quer comprometer sua renda ou ficar inadimplente. Mais adiante, nossa expectativa é de crescimento no volume de negócios, mas ainda muito inferior aos anos anteriores”, completa o executivo.

    A projeção da Anef também aponta que o total de recursos liberados pelos bancos do setor para o financiamento de veículos também deverá se elevar em 5,5%, passando de R$ 82,2 bilhões em 2016 para R$ 86,7 bilhões neste ano, considerando CDC e leasing. No ano passado, devido à baixa demanda por crédito, as concessões diminuíram quase 10%, retornando ao patamar de 2008.

    Aliada à baixa confiança, a tendência de alta do nível de desemprego esperada para este ano ainda deverá afetar a inadimplência do setor, que em 2016 fechou em 4,6% para pessoa física e em 5% para a jurídica.

    O presidente da Anef confirma que o nível ficou abaixo das expectativas e que continua crescendo. “Pode piorar um pouco, com um pico mais para a metade do ano; economistas falam ainda de uma elevação residual na taxa do desemprego, o que deve elevar um pouco os atrasos nos pagamentos. A partir do segundo semestre deve alcançar a estabilidade, mas acreditamos que para o fim deste ano, o nível deverá ser menor que os 4,6% de 2016”, projeta.

    O cenário de 2016 mexeu na fatia de participação das modalidades: em pesados, as vendas à vista subiram de 15% para 17%, enquanto o financiamento via Finame diminuiu de 66% para 62%. “Apesar disso, o Finame vai continuar como o carro chefe dos financiamentos de pesados, continuam com taxas mais próximas do mercado”, comenta Diego Marin, representante da Anef para o setor de veículos comerciais.

    Fonte: Automotive Business

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