Sindicamp realiza seminário sobre relações trabalhistas no TRC

O evento também foi aberto ao público

Uma série de temas de interesse do setor de transportes foram debatidos no Seminário Sobre Relações Trabalhistas no Transporte de Cargas pós-pandemia na Expo Dom Pedro, em Campinas (SP), realizado pelo Sindicamp (Sindicato das Empresas de Transportes e Cargas de Campinas e Região), na sexta-feira, 22.

Além dos associados da entidade, o evento também contou com a participação de público interessado no seminário. Temas como os principais desafios do setor nas relações trabalhistas, o papel do governo federal no setor, a importância de ações voltadas a jovens aprendizes, os avanços da tecnologia e segurança e diversidade de gênero, foram pautas abordadas durante o seminário.

“Foram apresentados debates sobre os mais diversos assuntos que englobam as leis trabalhistas que vivemos hoje no setor do TRC. Mas, mais do que isso, é necessário enfatizar as cobranças que fizemos em torno do que é necessário investir na busca de uma melhor qualidade nas leis que seguimos atualmente. Tudo aqui foi tratado de forma protestante, com prudência e principalmente com o reforço do trabalho individual de cada um que se propôs a escutar as pautas debatidas no seminário”, comentou o presidente do Sindicamp, José Alberto Panzan.

O evento foi dividido em dois painéis, sendo o primeiro sobre os novos limites do negociado sobre o legislado, apresentado pelo Desembargador Dr. Carlos Alberto Bosco – Diretor da Escola Judicial da 15º Região. E os novos desafios nas relações de trabalho do setor do TRC, pós julgamento da ADI 5322 pelo STF, apresentado pelo desembargador Dr. Fábio Bueno de Aguiar – Tribunal Regional do Trabalho da 15º Região.

Rafaela Cozar, vice-presidente do Sindicamp, fez a sua apresentação na primeira mesa do evento, com “Uma nova proposta para o setor de TRC sobre a Lei do Menor Aprendiz e a importância de programas de formação dos profissionais de transportes” como tema. Durante sua exposição, Rafaela alertou o público para alguns dados preocupantes para o setor, como os apresentados pela Senatran, indicando que, até o final de 2022, apenas 3,4% dos motoristas habilitados para dirigir veículos pesados, tais como caminhões, ônibus e carretas, são do sexo feminino. Cozar também trouxe para discussão a escassez de mão de obra que o setor enfrenta e enfrentará ainda mais ao longo dos anos. Dados do DENATRAN evidenciam que, entre dezembro de 2011 e janeiro de 2023, houve uma redução de 18% nas categorias D/E, representando uma diminuição de 5.315 milhões para 4.367 milhões de condutores.

A vice-presidente também trouxe algumas soluções, citando programas de capacitação realizados pelo SEST SENAT, pelo Movimento Vez&Voz e pela Rota Feminina Move. “É de imensa importância que nos atentamos à formação de nossos futuros motoristas, pois os atuais estão envelhecendo e temos que pensar no futuro do nosso TRC, e que seja mais inclusivo para novos motoristas homens, jovens e mulheres”.

O evento contou com o apoio da FETCESP (Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo), FTTRESP (Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado de São Paulo), SEST SENAT, Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região – Campinas e Escola Judicial TRT 15ª Região – Campinas.

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