A votação do Projeto de Lei 914/24 que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) foi adiado para hoje, dia 05 de junho. Voltado para fomentar a inovação sustentável na indústria automobilística com o aporte de R$ 19 bilhões por meio de incentivos por um prazo de cinco anos, além da redução do IPI, havia um “bode no meio da sala” que chamava para si toda a atenção: a taxação de compras internacionais abaixo de US$ 50.
Após aprovação em massa na Câmara dos Deputados com o apoio integral dos parlamentares de oposição ao governo federal, o mais polêmico ponto deste PL foi retirado pelo relator, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), enterrando o assunto e retomando o foco no que realmente interessa que é o Programa Mover em sua essência.
Outro ponto importante alterado no relatório final foi a retirada da exigência do uso de conteúdo local na exploração e no escoamento de petróleo e gás, ambas incluídas durante a tramitação na Câmara. Independentemente da relevância deste assunto, ficou decidido que o projeto precisa seguir com o Programa Mover, que é o tema original. “Eu defendo que esse projeto vá para frente com aquilo que lhe trouxe a vida, que é o Mover. É o que vai colocar o Brasil no tema mais importante, que é o clima”, declarou Cunha.
Segundo o senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, já há a proposta para que alguns itens sejam vetados. Assim, o projeto poderia ser aprovado com mais rapidez, sem ter que voltar à Câmara. “O relatório foi lido agora, praticamente em cima de hora. O relator acaba de retirar mais uma emenda. Não o estou criticando, estou só dizendo que é difícil pegar um tema desse (…). Eu já tenho o compromisso do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] de veto de uma série de dispositivos que são parte da retirada que o senador Rodrigo Cunha fez”, disse o político.