Scania anuncia investimento grandioso no Centro Logístico de Vinhedo

Após 10 anos de operação, o Centro Logístico de Peças de Reposição vai aumentar 50% do seu tamanho.

Scania Latin America Parts Center, LPC

Após 10 anos de operação no Brasil, o Centro Logístico de Peças de Reposição da Scania, localizado em Vinhedo-SP, vai receber um aporte de R$ 65,7 milhões. O principal objetivo é aumentar a área de 15.000 m² para 22.500m². Segundo a montadora, o espaço é a maior limitação atualmente.

O investimento foi aprovado em setembro deste ano e o projeto está na parte de layout e infraestrutura. A Scania quer aumentar a área da planta para capacitar a busca por novos mercados e o aumentar o pool já existente. A implementação está prevista para acontecer daqui 18 meses, em meados de 2025.

“O mercado mexicano, por exemplo, é um exemplo. Ele teve um crescimento que nos surpreendeu. Estamos sempre estudante a viabilidade desses novos que tenham potencial”, explicou Paulo Moraes, Vice-Presidente de Vendas e Marketing da Scania para América do Sul.

Durante encontro com jornalistas do setor, os executivos destacaram o desejo de melhorar a distribuição de peças, qualificando os processos e fluxos. Além disso, também buscam preparar o espaço para receber itens relacionados a novos produtos, como os veículos elétricos. A Scania planeja, globalmente, ter os modelos eletrificados representando mais da metade do seu volume de vendas de veículos novos até 2030.

Scania Latin America Parts Center, LPC

Centro Logístico da Scania em números

Atualmente o LPC (Logistic Production Center) soma 170 vagas de trabalho (30 indiretas) e tem saída de 5.500 linhas faturadas por dia. Diariamente são escoadas 42 mil peças para distribuição ou armazenamento para reposição pós-venda. Entre as peças que entram, 60% são importadas, 25% nacionais e 15% são SBC. Ao todo são mais de 23 mil itens armazenados para pronta entrega.

“A projeção é aumentar 50% da locações em questão de capacidade de produção, então chegar em 7 mil linhas e 63 mil peças por dia. Entretanto a evolução de métodos e ferramentas pode nos fazer passar disso ainda”, comenta Moraes. O executivo ainda lembrou que um passo futuro, para os próximos anos, é expandir a área para além dos 22.500 m², chegando à 30 mil m².

Tecnologia como ponto-chave

A Scania também aposta fortemente no desenvolvimento tecnológico para buscar qualquer tipo de ganho no segmento de peças de reposição. Um bom case disso é o acompanhamento de dados coletados dos caminhões em tempo real. Ele possibilita um serviço de manutenção programada. Ou seja, os dados ajudam a antecipar a necessidade e, segundo a empresa, reduzir o tempo de parada do caminhão em até 30%.

Outro caso interessante é o DSM Scania, que é um sistema de gestão de estoque de peças das concessionárias com inteligência artificial. Ele aprende qual o perfil de consumo da Casa Scania, analisando histórico dos clientes e tipos comuns no transporte, e adianta essa reposição das peças.

Somando os esforços financeiros e tecnológicos, a montadora ambiciona crescer e aumentar sua fatia do mercado em todos os segmentos possíveis na América do Sul. “Hoje abastecemos 180 pontos no país, somados à outros internacionais como Bélgica, África do Sul e América Central. Com esse aporte estamos nos preparando para o futuro, cliente e disponibilidade de peças é o foco”. Finaliza o executivo.

 

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