Resultado do setor de serviços é o pior desde 2012, aponta IBGE

    O volume do setor de serviços recuou 7,6% em outubro de 2016, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi a maior queda, nessa base de comparação anual, desde o início da série histórica do indicador, em janeiro de 2012.

    Já na comparação mensal, de setembro para outubro, a retração foi menor, de 2,4%. Em setembro, havia sido de 0,3% e, em agosto, de 1,6%.

    No ano, o setor de serviços acumula queda de 5% e nos últimos 12 meses, de 5,1%. “A recessão explica essa piora do setor de serviços em outubro, que mudou de patamar. Esperamos que seja o fundo do poço”, disse o coordenador da pesquisa no IBGE, Roberto Saldanha.

    Na comparação mensal, tiveram resultados negativos transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-7,0%); serviços de informação e comunicação (-3,1%); serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) e outros serviços (-0,5%). O agregado especial das atividades turísticas recuou 1,3%. Apenas os serviços prestados às famílias cresceram 0,1%.

    Frente ao ano passado, o comportamento dos setores foi parecido. Transportes, por exemplo, caíram 13,5%; seguidos por serviços prestados às famílias, -6,8%, e serviços profissionais, administrativos e complementares, -5,7%. “Para esse cenário negativo se reverter, precisa da retomada do crescimento. Os serviços dependem muito da indústria e dos governos, que passam por momentos difíceis e cortaram muito suas demandas e encomendas”, completou Saldanha.

    A receita nominal registrou queda de 1,3% em outubro frente a setembro e de 3,1% na comparação com mesmo mês do ano anterior. As taxas acumuladas no ano e em 12 meses ficaram em 0,0%.

    De setembro para outubro, os maiores resultados positivos partiram de Rio Grande do Norte (1,1%), Acre (0,4%) e Bahia (0,3%). Por outro lado, os maiores negativos foram observados em Mato Grosso (-19,6%), Amazonas (-6,6%) e Rondônia (-4,5%).

    Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, todas as Unidades da Federação apresentaram variações negativas, sendo que as maiores foram registradas em Mato Grosso (-33,3%), Rondônia (-19,7%) e Amazonas (-16,3%).

    Fonte: G1

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