Projeto Trem Intercidades SP-Campinas deve sair do papel ainda este ano

Empresas do setor ferroviário avaliam o potencial de novos projetos para o transporte de passageiros por trilhos

A volta dos trens regionais de passageiros é uma reivindicação antiga do setor metroferroviário. Alvo de muita expectativa para os paulistas, o edital do Trem Intercidades São Paulo-Campinas (TIC Norte) deve ser publicado no primeiro semestre de 2023, segundo a previsão do secretário de Parceria em Investimentos, Rafael Benini, nova pasta criada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O projeto do TIC faz ligação direta entre as cidades de Campinas e São Paulo com um trem de alta velocidade. De acordo com Benini, a viagem será feita em 64 minutos e o investimento estimado para a implantação é de R$ 10 bilhões, com aporte do governo de R$ 7 bilhões.

Mudança na Indústria

O diretor da Empretec, Guilherme Nurchis, opina que a expansão do setor de transporte de passageiros por trilhos, em especial os novos modelos operacionais como o Trem Intercidades (TIC), significa uma mudança na indústria ferroviária nacional, que em grande parte é aparelhada e desenvolve produtos para o trens heavy haul e o transporte urbano. Nurchis prevê o desenvolvimento de novas soluções, equipamentos e serviços.

“As transformações na indústria ferroviária serão muito interessantes e vamos acompanhar o desenvolvimento de novos equipamentos, sistemas de sinalização, abordagens em obras, bilhetagem e sistemas de informação ao passageiro. Será um período realmente interessante para a indústria, que será aparelhada para desenvolver soluções indo além do TIC”, afirma o diretor da Empretec, empresa fabricante de equipamentos e peças para o setor ferroviário.

A atratividade do transporte metroferroviário de passageiros para o investimento privado é um dos fatores que mantém o setor aquecido.

Segundo dados divulgados em artigo da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos),  em pouco mais de 10 anos, a participação privada no setor aumentou mais de 300%. Atualmente, ela responde por 56% das operações no Brasil e esse número poderá ser ainda maior. Com os estudos e projetos em andamento, a operação privada desses sistemas poderá atingir mais de 75% nos próximos 5 anos.

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