Demanda por fretados sustenta produção de ônibus

A produção de ônibus no Brasil teve uma queda de 35,8% no acumulado do ano de 2020. De acordo com a informação divulgada pela Anfavea (A

Um dos segmentos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus é a produção de ônibus. De acordo com Paulo Arabian, diretor comercial de ônibus da Volvo, com fábrica em Curitiba, “setores mais conectados às pessoas, como aviação, ônibus, táxis e aplicativos tiveram a maior depressão”, afirma .

De janeiro a maio as vendas de caminhões caíram 26% ante 2019, e as de ônibus, 42,7%. As de automóveis e comerciais leves tiveram retração de 38%, segundo a Associação Nacional dos fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

LEIA MAIS: Acompanhe o impacto da pandemia de coronavírus no transporte rodoviário de cargas e passageiros

Segundo o executivo, o que está movimentando a produção atualmente é a demanda para ônibus fretados. Geralmente, o segmento representa 12% a 15% do mercado. Empresas que já operavam com os fretados para transportar os funcionários estão encomendando novas unidades para atender as normas de manter os passageiros afastados. Portanto, um em cada banco, e intercalados nas fileiras. Além disso, Arabian ressalta que as encomendas estão chegando porque várias empresas e escritórios estão retomando atividades.

Grandes montadoras vivenciam mesmo cenário

No caso da Volkswagen Caminhões e Ônibus, a licitação vencida no ano passado para fornecer cerca de 3,6 mil ônibus para prefeituras dentro do programa Caminho da Escola, voltado ao transporte de estudantes em áreas rurais, é o que tem dado fôlego mínimo à linha de produção em Resende (RJ). “Temos de produzir em média 300 unidades por mês, com ou sem crise, pois temos um ano para entregar”, afirma Roberto Cortes, presidente da empresa.

Ainda mais, fique por dentro das notícias através das nossas redes sociais: Instagram e Twitter 

Por sua vez, a maior fabricante de ônibus do País, a Mercedes-Benz também tem o fretamento como segmento menos impactado nas vendas. Um dos setores que tem exigido mais demanda, segundo a empresa, é o de celulose. A divisão cresceu nos últimos meses e tem feito novos contratos com empresas de fretamento. Em abril a empresa vendeu 18 ônibus para fretamento e, em maio, 24. Portanto, um aumento de 33% de um mês para outro.

A Scania informa que algumas empresas de ônibus urbanos de São Paulo voltaram a fazer cotações. Assim, justificando a proibição de passageiros viajarem em pé, o que exige mais unidades nas ruas.

Em situação mais confortável, a Marcopolo, maior fabricante de carrocerias no País, fechou as portas por apenas 20 dias na quarentena e retomou atividades em abril. De acordo com o diretor Rodrigo Pikussa, a empresa opera com nível de atividade de 50% nas fábricas no Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, e de 100% no Espírito Santo.

Fonte: Estado de S. Paulo

Compartilhe nas redes sociais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, entre com seu comentário
Por favor, entre com seu Nome aqui!