Para a Scania, saldo do ano é positivo, mesmo com queda do mercado

Montadora comemora o aumento das vendas no segundo semestre. E o bom volume de pedidos em carteira para 2024

Mesmo sem alcançar os resultados em vendas ao mercado interno do triênio 2019/2022, a Scania considera que 2023 foi um ano bom, segundo balanço de Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da empresa no Brasil. Em conversa com jornalistas do setor, realizada na sede da empresa em São Bernardo do Campo (SP) na manhã de hoje (14), o executivo reconheceu que o ano começou de forma bastante turbulenta, com todo tipo de incerteza, do ponto de vista político, de crédito e da tecnologia Euro 6, que produziu uma retração no mercado. “Porém, de maio até agosto o quadro passou a melhorar, diante da maior clareza do cenário política, da queda dos juros e a melhora da economia em geral. Até que, de agosto em diante, o mercado deu uma forte aquecida com os grandes clientes voltando às compras. E sobretudo com a retomada do varejo, que representa 70% das vendas, após duas quedas seguidas da Taxa Selic”.

Diante desse quadro, a montadora faz coro com as projeções da Anfavea, ao prever uma queda de 11% a 15% no volume de emplacamentos em relação à 2023, considerada razoável diante das previsões do início do ano. Segundo o diretor, sempre que ocorre uma mudança na Lei de Emissões é natural que haja uma retenção de compras, como ocorreu esse ano.

Copo cheio

Ainda que entidades do setor avaliem que o ano ficou abaixo do desejável, Alex Nucci (foto) prefere ver a “a parte cheia do copo”, com base na opinião de clientes que foram às compras, confiando na recuperação do mercado. “Prova disso é que a carteira de pedidos para o 1º semestre do próximo ano para supera os 50%, enquanto para o 2º trimestre cerca 30% a 40% da produção já está toda comercializada”.

Mesmo assim, ele admite que não será possível ainda retomar a participação de mercado da marca, que caiu de 15% em 2021 para 13% no ano passado. “Para 2023, a expectativa é alcançar um market share de 14% e superar os 15% em 2024”, estima o executivo. Para tanto, Nucci aposta nos indicadores positivos do próximo ano, como o crescimento da economia, a redução da Selic e da inadimplência e a a realização da Fenatran, entre outros fatores, que devem alavancar as vendas de caminhões.

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