NTC&Logística condena movimento de paralisação dos caminhoneiros

    A Associação Nacional do Transporte de Cargas E Logística – NTC&Logística vem acompanhando com natural preocupação o movimento de paralisação dos caminhoneiros autônomos, iniciado nos estados do sul do País, que, segundo o noticiário, já atinge com bloqueios de rodovias no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, causando transtornos ao tráfego de veículos nas rodovias e especialmente ao escoamento e transporte de mercadorias e ao abastecimento.

    A entidade não apoia movimento de paralisação e bloqueio de rodovias por entender não ser meio eficaz para conseguir solucionar os graves problemas do setor de transporte e ver atendidas as reivindicações que possam ser levadas aos órgãos públicos do Governo Federal ou dos Estados, além de trazer entraves para o exercício da atividade das próprias empresas associadas à entidade.

    O sentimento transmitido pelos manifestantes é de justa irresignação diante dos aumentos de custos principalmente dos combustíveis e do pedágio que têm impacto vigoroso nos custos, da atividade de transportes. De fato, a volta da CIDE sobre combustíveis depois de artificial represamento dos preços provocou alta insuportável no preço desse insumo num momento em que no mundo todo se verifica queda no preço do petróleo e de seus derivados. Já os pedágios nas rodovias concedidas – que, em razão da indexação contratual das tarifas, apresentam elevação constante, independentemente das condições de mercado –, convertem-se em custo que, em alguns casos, é até superior ao do próprio combustível, conforme a rota e operação de transporte. Parecem justas, portanto, as reivindicações dos caminhoneiros que não têm como suportar a elevação inesperada dos seus custos em um momento em que o País apresenta nítida retração da atividade econômica.

    As empresas do setor também estão enfrentando graves dificuldades, pelos mesmos motivos, porém, a busca de soluções deverá se dar através de diálogo com o Governo Federal e dos Estados, nas questões que afetem cada um desses entes governamentais e, principalmente, com os clientes das transportadoras procurando equacionamento dos fretes de modo a remunerar a atividade de transporte, garantindo a solidez das empresas e a manutenção dos empregos por elas gerados.

    Fonte: Setcergs

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