Mesmo em meio ao caos que assola o transporte rodoviário de passageiros, por causa da Covid-19 que derrubou quase a zero a demanda, a Mercedes-Benz encontrou tempo para mostrar algumas novidades em sua linha de produtos, de olho na retomada do mercado.
Por meio de vídeo conferência com a imprensa especializada, o diretor de Vendas e Marketing de Ônibus da empresa, Walter Barbosa, mostrou as melhorias incorporadas à linha O 500 de ônibus rodoviário. O anúncio coincide com a retomada da produção, na planta de São Bernardo do Campo (SP), prevista para o dia 11 de maio, senão houveram outros contratempos em função do avanço da pandemia.
O destaque fica por conta da nova versão de 430 cavalos, que passa a ser oferecida nos modelos O 500 RSD 2443 6×2 e o 500 RSDD 2743 8×2, junto com as outras duas já disponíveis, com potências de 360 e 408cv. “A novidade traz um ganho de eficiência nos motores de ônibus mais pesados, levando a um melhor desempenho em topografias mais severas. Além disso, somando-se a outras medidas, como o pacote Fuel Efficiency e o estilo de condução do motorista, pode-se chegar até 10% de economia no consumo de combustível, reduzindo custo operacional para as empresas de transporte”, garante Barbosa.
Três transmissões
A família O 500 passa a dispor também da transmissão automática, como alternativa às versões mecânica e automatizada. Já o modelo O 500 RSDD ganhou novos itens de segurança de série, como o piloto automático adaptativo (ACC), sistema de frenagem de emergência (AEBS) e sistema de aviso de faixa (LDWS), entre outros.
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Outra novidade é o lançamento do O 500 RS, com PBT estendido para 19.600 kg, que permite carroçarias de 14 metros, atendendo a nova regulamentação do Contran. A nova norma legal permite configurar o veículo de acordo com as necessidades do cliente, para permitir a instalação de até 50 assentos no salão.
Apesar do otimismo que cerca os lançamentos, Walter Barbosa não esconde sua preocupação com o momento atual vivido pelos operadores de ônibus, tanto urbano quanto rodoviário, em função da queda brutal no volume de passageiros provocada pelo isolamento social. Ao seu ver, a crise no setor será suportada mais facilmente pelos grandes operadores, que devem permanecer no mercado. Mas, poderá ser fatal para as pequenas e médias empresas, especialmente aqueles que se preparavam para entrar no rodoviário, por conta da desregulamentação do setor.