Mercedes-Benz afastará 1,5 mil em SBC por tempo indeterminado

    A Mercedes-Benz decidiu afastar 1,5 mil funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, por tempo indeterminado a partir de 17 de fevereiro. Todos os trabalhadores afetados são ligados ao setor de produção e fazem parte do total de pessoal excedente na unidade, calculado em 2 mil pessoas. A Mercedes-Benz decidiu ainda encerrar o segundo turno em algumas áreas da produção também a partir do dia 17 deste mês.

    Os empregados envolvidos nesta nova licença já estão cumprindo paradas programadas pelo PPE, Programa de Proteção ao Emprego, bem como os demais trabalhadores da unidade, que prevê a reduçãode 20% da jornada de trabalho. A montadora informa por meio de sua assessoria que serão concedidos quatro dias de PPE por mês até maio, quando termina a vigência do programa e quando planeja reavaliar a continuidade da medida. Os demais dias parados serão considerados como licença remunerada.

    Segundo a Mercedes-Benz, o novo afastamento é reflexo do fraco desempenho das vendas já registrado no início deste ano, que começou pior do que o cenário visto em 2015, o que consequentemente afeta a produção. Só em janeiro, o volume de emplacamentos totais de veículos comerciais pesados – que inclui caminhões e ônibus – caiu 43,5% na comparação com igual mês de 2016, fazendo o segmento voltar aos níveis de produção de 1999.

    Na fábrica de São Bernardo, que emprega 10 mil pessoas, são montados caminhões, chassis de ônibus, motores e transmissões. Os trabalhadores da unidade gozaram de férias coletivas entre 21 de dezembro e 11 de janeiro, retornando às atividades no último dia 12.

    Para o sindicato dos metalúrgicos do ABC, a licença remunerada não interfere no que já está acordado dentro do PPE, que garante até 12 meses de estabilidade de emprego.

    No ano passado, a Mercedes-Benz adotou diversas medidas a fim de evitar demissões, principalmente na unidade paulista, concedendo folgas, esgotando banco de horas e férias coletivas. Em agosto de 2015 decidiu aderir ao PPE em comum acordo com o sindicato dos metalúrgicos do ABC após anunciar a demissão de 1,5 mil funcionários e enfrentar greve por sete dias. Nos últimos três anos, a empresa cortou cerca de 3 mil vagas de seu quadro no Brasil.

    Fonte: Automotive Business

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