Gastos sob controle: como a gestão de combustíveis aumenta a rentabilidade

Com tecnologia, Inteligência e integração de dados, é possível manter monitorar as despesas com combustível em tempo real, em benefício da rentabilidade

Por Victor Fagarassi

- setembro 18, 2025

gestão de combustíveis

Monitorar os gastos com combustível na frota sempre foi uma preocupação dos empresários de transportes. Porém, gerenciar esse custo vai muito além de controlar notas fiscais e somar gastos no fim do mês. Tão importante quanto é visualizar em tempo real cada novo abastecimento. E, mais do que isso, dispor de comparativo de preços alinhado com os parâmetros da ANP, além de relatórios detalhados de custo por veículo e por quilômetro rodado.

“Somente assim, o gestor consegue transformar o combustível em uma variável controlada, previsível e otimizada. Uma vantagem competitiva que possibilita oferecer fretes mais realistas, aumentar a rentabilidade e converter cada litro abastecido em eficiência”, afirma Everton Kaghofer, diretor comercial da Roadcard, gestora de pagamento inteligente de frete, pedágio e combustível.

Na visão do executivo, combustível e rota são parâmetros indissociáveis. Não sem motivo, a empresa oferece soluções tecnológicas que permitem cruzar dados de abastecimento com as rotas realizadas, identificando trechos de alto consumo, postos vantajosos no percurso e alternativas mais econômicas. Com isso, é possível ajustar o planejamento logístico em tempo real, negociar melhores condições com fornecedores e reduzir desperdícios. “Pequenas alterações de rota, por exemplo, já resultaram em economias de até 8% nos custos com combustível em apenas três meses em alguns casos”. 

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Tecnologia cruza dados de abastecimento, preço e até a rede de postos

Sobretudo nos dias que correm, é fundamental mitigar os impactos da flutuação de preços dos combustíveis com o uso da inteligência de dados. Everton lembra que as plataformas oferecem relatórios comparativos e monitoramento em tempo real com base nas referências da ANP. Isso fortalece o poder de negociação, permite compras estratégicas em momentos de preço mais baixo e ajuda a definir políticas de abastecimento mais rígidas em regiões com valores historicamente elevados. 

Outro importante diferencial é o pagamento mobile: “o motorista paga o abastecimento diretamente pelo celular, sem cartão físico. Esse modelo traz agilidade, segurança e elimina fraudes comuns em cartões tradicionais”, ressalta.

Tecnologia e Segurança

Para uma gestão orientada a dados, alguns KPIs são essenciais. O gestor deve acompanhar de perto o custo por quilômetro rodado, o gasto médio mensal por veículo ou por rota, e fazer um comparativo entre modelos, marcas e classes de veículos. A performance individual dos motoristas em consumo e o desvio de preço em relação à média da ANP também são métricas fundamentais. 

Everton destaca um ponto fundamental que é a prevenção de fraudes. Ele explica que o sistema pode ser programado com limites de valor por abastecimento ou dia, com definição de horários permitidos para abastecer, restrições por regiões ou posto específico. “Alertas automáticos são disparados em caso de desvio de preço em relação à referência da ANP. Caso algum parâmetro seja violado, o abastecimento pode ser automaticamente bloqueado, reduzindo drasticamente os riscos”.

gestão de combustíveisAtualmente, o principal desafio é o gerenciamento de uma frota em diferentes localidades. “A variação de preço e qualidade do combustível entre regiões é um desafio conhecido. Para enfrentá-lo, sistemas do mercado oferecem comparação regionalizada de preços com base na ANP”. Além disso, o cliente pode ter acesso à redes credenciadas de postos de diferentes bandeiras, selecionadas por competitividade de preço, completa o diretor. 

De olho no futuro

Apesar de andar a passos lentos, Everton Kaghofer (foto) destaca a evolução da transição energética no país. “Veículos elétricos, híbridos e a biocombustíveis ganham espaço em operações urbanas e de menor percurso. Mas permanece o grande desafio da infraestrutura de recarga e abastecimento no Brasil, que ainda está em desenvolvimento. No esforço de atender a essa demanda futura, a RoadCard já se prepara para ajustar suas plataformas para integrar diferentes fontes de energia em uma mesma solução de controle. O objetivo é que, quando a frota elétrica ou híbrida se tornar predominante, o gestor não perca a visibilidade dos custos e mantenha a competitividade, em um movimento planejado para não comprometer a operação”.

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