Fortaleza trabalha em projeto de lei para a aquisição de ônibus elétricos

Texto pede autorização de empréstimo no valor de R$ 50 milhões para a aquisição dos veículos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento

Um projeto de lei para a aquisição de 19 ônibus 100% elétricos para o transporte público de Fortaleza foi encaminhado  pelo prefeito José Sarto  à Câmara Municipal da capital cearense. Enviado na última quarta-feira, 6, o texto pede autorização de empréstimo no valor de R$ 50 milhões para a aquisição dos veículos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que possui um programa de financiamento exclusivo para iniciativas de energia limpa, de acordo com informações do portal da Prefeitura de Fortaleza.

Com a iniciativa, a Prefeitura pretende iniciar a modernização da frota seguindo as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), de incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes.

A ideia, desenvolvida pela Coordenadoria de Mobilidade Urbana da Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), faz parte da nova Política Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável de Fortaleza, regulamentada por meio do projeto de Lei nº 47/2023, aprovado no último dia 31 de agosto. A nova política institui o Plano de Acessibilidade e Mobilidade Urbana Sustentável da cidade, que pretende estimular o uso de transportes de energia limpa, promovendo a diminuição da emissão de gases poluentes.

Após sua leitura no plenário da Câmara, o texto segue para tramitação na comissão conjunta de Constituição e Justiça (CCJ), de Orçamento, Fiscalização e Administração Pública (Cofap), e de Política Urbana e Meio Ambiente (CPUMA).

Compromisso em zerar as emissões de gases do efeito-estufa até 2050

O investimento reforça o compromisso do Município em zerar as emissões de gases do efeito-estufa até 2050, como defende o Race to Zero (Correndo ao Zero), agenda global promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Assim como em reduzir a emissão de outros poluentes nocivos à saúde, a exemplo dos óxidos de nitrogênio (NOx), relacionados a problemas respiratórios, conforme prevê a política municipal de vigilância da qualidade do ar.

Com o investimento, a gestão também busca refrear os custos operacionais do transporte público de Fortaleza. Há estimativa de que, em um período de 10 anos, o Custo Total de Propriedade (TCO, do inglês Total Cost of Ownership) de um veículo elétrico pode chegar a ser 10% menor do que o de um veículo tradicional, movido a diesel P-7.

Segundo relatório técnico elaborado em 2019 pelo The International Council on Clean Transportation (ICCT) para a cidade de São Paulo (SP), ao considerar apenas os custos de operação, esse percentual pode chegar a ser, aproximadamente, 58% menor.

O objetivo é atingir uma redução anual de aproximadamente 3.600 toneladas de CO2 e 15 toneladas de NOx, com base nas linhas selecionadas.

 

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