O volume de financiamentos de veículos novos caiu 30% no primeiro semestre quando comparado com mesmo período do ano passado: foram 551,3 mil contra as 782,7 mil unidades registradas há um ano, considerando leves e pesados, segundo levantamento divulgado na segunda-feira, 18, pela Cetip, que opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito no País.
Ambos os segmentos tiveram quedas de dois dígitos, embora o de leves tenha apresentado o pior resultado. Entre janeiro e junho, foram 521,7 mil automóveis e comerciais leves comprados a prazo, 29,9% menos do que em iguais meses do ano passado, quando foram financiados 745 mil.
“Apesar dos financiamentos de veículos novos estarem recuando 30% neste primeiro semestre, os dados do mês por dia útil mostram um leve avanço de 1%. Esse resultado pode dar sinais de que o mercado interrompeu a trajetória de queda”, disse Marcus Lavorato, gerente de relações institucionais da Cetip.
Em pesados, que inclui caminhões e ônibus, a queda é de 21,4% nos primeiros seis meses acumulados do ano também no comparativo anual, passando de 37,6 mil para 29,6 mil unidades.
Usados
Embora o volume de usados supere o de novos, o segmento também segue com queda, ainda que bem menor do que os índices negativos apresentados no segmento zero quilômetro. Na primeira metade deste ano, os financiamentos de veículos usados ficaram apenas 7,6% abaixo do registrado em igual período de 2015, passando de 1,43 milhão para 1,32 milhão.
Enquanto as vendas a prazo de leves recuou 7,5% na mesma base de comparação, para 1,26 milhão de unidades, a queda de pesados foi de 10,2%, para 57,3 mil.
Modalidades de crédito
Do total de veículos novos e usados financiados no primeiro semestre, o CDC – crédito direto ao consumidor – foi utilizado em pouco mais de 1,79 milhão de unidades ou 79,5% das operações, volume 18,1% abaixo do apurado há um ano.
Consórcios vem em segundo lugar, com 17,5% de participação ao financiar 394,4 mil veículos, enquanto leasing figura com apenas 1,4% do total, para 32,1 mil.
Fonte: Automotive Business