A importação de pneus, sobretudo, é tema polêmico e que incomoda muito a indústria nacional do setor há tempos. Com preços atrativos e uma rede consolidada de distribuição, os fabricantes chineses já planejam a instalação de fábricas para a produção local de seus produtos, podendo investir cerca de R$ 4,5 bilhões no Brasil, além de gerar 4,7 mil empregos diretos, de acordo com matéria do jornalista Eduardo Laguna, que foi publicada pelo Estadão.
A XBRI é uma marca brasileira, mas que produz em países como Tailândia, Vietnã, Camboja, China e Turquia, finalmente estuda a nacionalização de sua produção de pneus por meio de um investimento previsto de R$ 1,5 bilhão. A chinesa LingLong deverá investir R$ 1 bilhão em fábrica a ser instalada em Minas Gerais ou na Região do Nordeste. Completa o montante total a Sailun Tire, que poderá investir R$ 2 bilhões em uma fábrica no Sul ou no Nordeste, que deverá gerar cerca de 2.000 empregos diretos.
De acordo com a reportagem, a estratégia de XBRI, LingLong e Sailun é a aproximação com as montadoras instaladas ou em instalação no Brasil, como no caso da BYD, que na China comercializa seus veículos leves e pesados calçados com pneus Sailun e LingLong. A proximidade geográfica com as fábricas é vista como crucial para assegurar um fornecimento contínuo.
Atualmente, o Brasil possui 21 fábricas de pneus que, juntas, empregam mais de 32 mil trabalhadores. Mesmo assim, a comercialização dos importados respondeu por 52% deste mercado, em 2023. Todavia, no começo do ano a presença estrangeira expandiu para 59% do setor, o que motivou um pedido de elevação da taxa de importação pela indústria local ao governo federal.