Fabricantes de lona incrementam vendas

Empresas apostam em lona mais resistente


Empresas apostam em lona mais resistente

A Vulcan, fabricante de laminados de PVC com matriz em Irajá, no Rio, está se reposicionando no mercado de lonas rodoviárias para caminhões. O trabalho passa por estreitar relações com os fabricantes de carrocerias de caminhões, como Librelato, Noma e Guerra, com a venda de um novo produto, mais resistente, a chamada Superlona. A meta da Vulcan é aumentar o volume de vendas de lonas rodoviárias em 50% este ano em relação a 2010, o que vai representar produção média de 200 mil metros por mês, disse Samir Chad, diretor de marketing da empresa.

De janeiro a julho deste ano, as vendas de lonas rodoviárias da Vulcan cresceram 30% em relação a igual período do ano passado, disse Chad. Ele afirmou que o crescimento está relacionado à estratégia da empresa de concentrar esforços junto aos fabricantes das carrocerias. Segundo Chad, a empresa prospecta negócios com a Randon. Também contribuiu para o desempenho de vendas o bom momento do setor de caminhões.

Até julho, o licenciamento de caminhões pesados cresceu 6%, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “O fabricante vende a carroceria com a lona”, disse Chad. Outro mercado para os fabricantes é o segmento de reposição, formado pela frota usada de caminhões que precisa substituir o acessório. Uma das principais aplicações da lona rodoviária de PVC é o transporte da safra agrícola.

Os números sobre a participação no segmento de lonas rodoviárias de PVC são fornecidos pelas próprias empresas. A Vulcan informa ter 26% de participação de mercado, mas a líder é a Sansuy, dona da Vinilona, que teria cerca de 40% do mercado. Procurada, a Sansuy não respondeu às perguntas da reportagem. A Locomotiva, controlada pelo grupo Brasfanta, tem cerca de 30% do mercado de lonas rodoviárias de PVC.

A Locomotiva fatura R$ 250 milhões por ano. Criada em 1907, a empresa começou fabricando encerados para coberturas ferroviárias. Com fábrica em Pouso Alegre (MG), a Locomotiva produz lonas enceradas feitas de algodão e acabamento parafinado, para cargas secas e transporte de hortifrutigranjeiros, e produtos de PVC, a Locomotiva Lonil, para cobertura de granéis. A empresa também fornece lonas para cargas paletizadas. As perspectivas do mercado de lonas rodoviárias são positivas e o setor tende a acompanhar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), afirmou a empresa em nota.

Tanto a Locomotiva como a Vulcan têm investido para aumentar a capacidade de produção de lonas rodoviárias. A partir do fim de 2009, começo de 2010, a Vulcan passou a produzir a Superlona na fábrica da empresa em São Roque (SP). “A Superlona é 28% mais resistente do que produtos concorrentes e suporta grandes variações de temperatura”, disse Chad.

A outra marca de lona da Vulcan é a Viniforte, voltada para o mercado de reposição. Chad disse que a empresa entrega a lona sob medida para o fabricante da carroceria. Um tipo de lona muito vendida é utilizada em carrocerias duplas, conhecidas no setor como bitrem.

O segmento de lonas para caminhão representa 5% dos negócios da Vulcan, cuja linha principal é formada por produtos para a indústria automotiva, como bancos para motos, pisos e bancos de ônibus e laterais de caminhões. Além de Irajá e São Roque, a Vulcan tem fábricas na França e na Holanda. A empresa, que faturou cerca de R$ 300 milhões no Brasil em 2010, é controlada pelo grupo Brascom.

Valor Online

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