Estudo da Abradimex diz que roubos de cargas farmacêuticas vão aumentar em 2025

Por Victor Fagarassi

- abril 30, 2025

Abradimex

Um estudo encomendado à Deloitte pela Associação Brasileira de Distribuidores de Medicamentos Especializados, Excepcionais e Hospitalares (ABRADIMEX) detalhou pontos interessantes sobre o setor de medicamentos no Brasil e destacou a segurança no transporte de medicamentos. Apesar de representarem apenas 2% dos itens que são roubados no país, esses itens tem um valor agregado muito alto (como o caso de medicamentos especiais e únicos), além de facilidade de revenda e um difícil rastreamento para as autoridades.

Desde o momento em que o medicamento é recebido na sede ou nos centros de distribuição, são necessárias medidas rigorosas para mitigação de roubo dessa carga. E no momento em que a mesma se desloca ao destino final, seja um hospital ou clínica especializada, o cuidado segue junto, com adoção de medidas como contratação de unidades de transporte blindadas e/ou contratação de escolta armada”, Comenta Paulo Maia, presidente executivo da entidade.

Relatório encomendado pela Abradimex

Dados destacados

  • 52% dos 42 especialistas em segurança logística preveem crescimento nos crimes contra cargas farmacêuticas em 2025
  • O furto de remédios costuma ser planejado, não ocasional, com foco em itens específicos de alto valor
  • Sudeste e Sul concentram a maior parte dos casos no país, com o Sudeste respondendo sozinho por 85% do total de ocorrências
  • Embora a maioria dos crimes aconteça durante o deslocamento em estradas e áreas urbanas, há um crescimento preocupante de assaltos a armazéns e Centros de Distribuição

Como consequência o relatório aponta que o custo do frete é aumentado entre 5% e 10% em zonas de risco. Além do necessário investimento em carros blindados, escolta e tecnologia de segurança.

Atualmente, a ABRADIMEX conta com 15 distribuidoras associadas, possuindo uma rede logística capaz de atender a 15 mil estabelecimentos de saúde. O portfólio abrange 243 itens distintos, responsáveis por cerca de 10 milhões de entregas mensais. Juntas, essas empresas suprem 80% dos hospitais particulares e 61% das clínicas em território nacional, representando 75% do mercado. “Estes dados comprovam a importância estratégica desses operadores para garantir o acesso da população a terapias para doenças raras e de alto custo”, conclui Maia.

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