Dnit mantém a previsão de conclusão da duplicação da rodovia entre Pelotas e Rio Grande para o fim de 2012
A duplicação da BR-392, trecho que liga os municípios de Pelotas e Rio Grande, na zona Sul do Estado, segue a pleno vapor, de acordo com o superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Vladimir Casa. Ele acredita que se o cronograma continuar sendo cumprido, no final de 2012, a obra será entregue à comunidade, incluindo a ponte sobre o canal São Gonçalo, desativada desde 1974. A estrutura utilizada hoje é a única forma de acesso terrestre a Rio Grande.
“É um projeto grande e o departamento ainda não conseguiu dar início às obras, mas todo o cronograma de recuperação já está pronto”, diz Casa. O superintendente do Dnit acredita que o processo de recuperação da ponte é uma obra inédita no Rio Grande do Sul. “É uma recuperação delicada. Será refeita a parte de superestrutura do local, que consiste de vigas e piso. As vigas serão reforçadas e o piso alargado, além do vão central, que será substituído”, relata. Consequentemente, isso aumentará o peso da obra de arte e, dessa forma, será feito, também, o reforço dos pilares e das fundações.
As obras de duplicação começaram em janeiro de 2009 e foram divididas em quatro lotes. O primeiro é o da Ponte do Retiro, na BR-116, até a ponte do canal São Gonçalo, já na BR-392, um total de 16,6 quilômetros. O lote dois vai do km 60,7, na ponte sobre o São Gonçalo, até o km 35,8, no Banhado 25. O terceiro se inicia no km 35,8 e vai até o km 8,7, próximo ao Superporto do Rio Grande. O último lote tem início na avenida Maximiano da Fonseca, área do superporto, e termina no km zero da BR-392, na avenida Honório Bicalho, no perímetro urbano de Rio Grande.
A conclusão dos lotes 2 e 3 da BR-392, que somam 52 km, está prevista para junho de 2012. As outras duas etapas (1 e 4) referem-se às áreas urbanas de Pelotas e Rio Grande e estão em fase final de projeto. No total, são 84,7 km da rodovia que serão reformados. “Os dois lotes em andamento estão em um ritmo muito bom. Alguns trechos estão prontos, com segmentos de asfalto e outros de concreto”, informa Casa. O superintendente explica que a opção pelo uso do concreto em substituição ao asfalto em alguns trechos da rodovia se deu a partir de um estudo feito pelo departamento, que apontou uma relação custo/benefício melhor. “O único ponto negativo em relação ao uso do concreto se dá em trechos de banhado, pois ao longo dos anos o pavimento sofrerá algumas deformações. Enquanto o asfalto cederá de 2 a 3 cm no mesmo período”, acrescenta.
O investimento total da obra é de R$ 350 milhões oriundos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), e, de acordo com o Dnit, 60% do valor já foi gasto. As empreiteiras responsáveis pelo lote 1 e 2 – Ivaí Engenharia de Obras e Construtora Triunfo – estão executando todo o cronograma, mantendo a previsão de conclusão de duplicação de seus trechos para o final do ano que vem. “Não tivemos nenhum contratempo no programa das obras, e a nossa expectativa é de que até dezembro de 2012 possamos liberar a rodovia, mesmo faltando poucos detalhes para serem concluídos”, conta Casa.
No total, serão nove obras de arte construídas ao longo do percurso. Uma ponte sobre o arroio Bolacha; um viaduto na rede ferroviária que corta a rodovia; um viaduto no distrito da Vila da Quinta – facilitando o acesso para quem se desloca a Santa Vitória do Palmar, Chuí e Uruguai; dois viadutos sobre a via férrea na localidade de Domingos Petroline; um viaduto no distrito do Povo Novo – permitindo que a comunidade possa se deslocar sem problemas (a BR-392 corta o vilarejo); e mais três pontes sobre o canal São Gonçalo, incluindo a recuperação da antiga ponte de 984 metros desativada há mais de 30 anos.
Jornal do Comércio – RS