Estudo mostra aumento de gastos com deslocamento em São Paulo

Por Victor Fagarassi

- outubro 24, 2025

deslocamento em São Paulo

Um levantamento da VExpenses, empresa de gestão de despesas e viagens corporativas, mostra que os gastos com mobilidade cresceram 110,8% entre 2022 e 2024. No período de 2023 a 2024, o total de gastos nas empresas analisadas subiu 43,4% e o número de transações, 53%.

O aumento é impulsionado pelo uso de táxis e aplicativos de transporte, cujas despesas tiveram alta de 168,6%, com um crescimento de 146% no número de transações. Esse crescimento superou o uso de veículo próprio, que registrou elevação de 107,7% nos custos e de 91,5% nas transações.

“O que vemos nos dados é uma mudança no modo como as empresas se deslocam. O maior uso de aplicativos e táxis reflete uma busca por flexibilidade e controle. Para as empresas, a gestão de mobilidade deixou de ser uma questão operacional e passou a ser uma decisão estratégica, com impacto no orçamento e na produtividade”, afirma Thiago Campaz, cofundador da VExpenses.

Diante desse cenário, otimizar recursos e reduzir riscos exige uma gestão de despesas com transporte mais estratégica. “Isso inclui a necessidade de políticas claras para definir quando usar veículo próprio ou aplicativos, com limites estabelecidos; controle em tempo real para prevenir excessos; uso de ferramentas de auditoria automatizada para garantir conformidade; e monitoramento de indicadores para ajustar orçamentos”, conclui Campaz.

Transporte público

O uso de transporte público, ainda intenso em cidades com alta densidade populacional, como São Paulo, revela um padrão de deslocamentos diários de trabalhadores que saem de regiões periféricas da Grande São Paulo em direção à região centro-oeste da capital, conforme mostram gráficos de calor.

De acordo com uma análise de fluxo baseada no uso de vale-transporte, nos horários de pico (entre 6h e 9h), trabalhadores que vivem em zonas mais afastadas, como a Zona Leste, se deslocam em grande número para regiões centrais e comerciais. Essa movimentação aumenta a densidade nessas áreas, impactando o trânsito. Ao fim do horário comercial (a partir das 18h), o fluxo se inverte, com os trabalhadores retornando para suas casas.

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