Com Navistar no grupo, VWCO pode ganhar fábrica de motores no Brasil

    Existe um possível ganho para a MAN Latin America com a aquisição de 16% de participação acionária da Navistar feita recentemente pela Volkswagen Truck & Bus, a holding de veículos comerciais do Grupo VW criada há um ano, que reúne MAN, Scania, VW Nutzfahrzeuge (comerciais leves) e a brasileira Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO). A empresa americana é dona da marca de caminhões International e, no Brasil, da fábrica de motores diesel MWM, que há 30 anos fornece para a VWCO e desde 2011 produz de forma terceirizada o motor MAN D08 que equipa veículos da marca.

    O objetivo declarado do Grupo VW é entrar no mercado norte-americano, onde sua divisão de veículos comerciais não tinha atuação até agora. Mas existe clara influência colateral para a VWCO, que poderá ganhar uma unidade de motores se o negócio evoluir.

    Pelos sinais emitidos durante a IAA 2016, o salão de veículos comerciais de Hannover, na Alemanha, quando um caminhão International ProStar dirigido por Troy Clarke, CEO da Navistar, abriu um evento que a Volkswagen Truck & Bus fez para se apresentar à imprensa internacional, tudo indica que a intenção do Grupo VW é assumir o controle integral da empresa americana.

    Clarke a Andreas Renchler, presidente da holding alemã,

    Sintomaticamente, dois dias depois, na entrevista coletiva que a MAN Latin America organizou para a imprensa brasileira e latino-americana em Hannover, também estavam presentes como ouvintes na sala o próprio Clarke e o brasileiro Pérsio Lisboa, hoje chefe global de operações da Navistar. Mas ninguém quis adiantar nenhum possível aumento de sinergias das operações brasileiras. “Vocês terão de esperar algum tempo até que todas as possibilidades de cooperação entre as empresas sejam identificadas nos diversos mercados onde atuam”, disse Clarke.

    “O foco do negócio é o mercado dos EstadosUnidos. No Brasil temos uma parceria de longa data e já produzimos 100 mil motores MAN (na MWM). Claro que poderemos estudar a produção de outros motores”, limitou-se a informar Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. Isso poderá afetar também os negócios com a Cummins, que hoje fornece a maior parte dos motores usados pelos caminhões Volkswagen.

    Fonte: Automotive Business

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