Durante o primeiro semestre de 2024, os bancos automotivos registraram aumento de 33,2% no total de recursos liberados para financiamentos de veículos, totalizando R$ 127,3 bilhões, de acordo com um levantamento da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). De janeiro a junho de 2023, foram liberados R$ 95,5 bilhões registrados em 2023.
Entre as vendas de caminhões e ônibus, as vendas financiadas representaram 35% nas transações, que ocorreram – em sua maioria – por meio do CDC. A comercialização à vista equivale a 30% dos negócios no período, enquanto o Finame responde por 31% dos contratos de vendas. A modalidade de Consórcio movimentou 4% dos acordos.
O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) foi o principal responsável por essa elevação, alcançando quase que a totalidade dos financiamentos, com 126,6, bilhões. O Leasing, por sua vez, correspondeu a R$ 624 milhões, sendo que R$ 620 milhões foram financiados por Pessoas Jurídicas, modalidade que cresceu 49% no príodo. O saldo total das carteiras apresentou um aumento de 15,7%, R$ 449,9 bilhões, perante os R$ 389 bilhões do mesmo período do ano passado.
Inadimplência e taxa de juros
Os contratos inadimplentes com atrasos acima de 90 dias apresentaram uma queda, com destaque específico ao CDC, que passou de 5,5% para 4,5%, redução 1%, e o Leasing que passou de 2,4% para 0,8%, redução de 1,6%. “Trata-se de uma boa notícia, pois mais brasileiros estão conseguindo honrar seus compromissos, quando quase metade dos carros novos voltam a ser financiados”, diz Paulo Noman, presidente da ANEF.
A taxa de juros anual se manteve praticamente estável na casa dos 20,96% e a mensal em 1,57%. “Os bancos de montadoras, pela natureza do negócio, são capazes de trabalhar de forma muito competitiva, com a realização de campanhas atraentes que oferecem aos seus clientes sempre as melhores taxas do mercado“, finaliza Noman.